Brasil tem escudos para enfrentar a crise
O ministro do Desenvolvimento informou que, apesar dos desdobramentos da crise econômica internacional, o governo não vê necessidade, por enquanto, de rever os principais indicadores econômicos para este ano, como o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB).
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, que abriu a XIV Reunião do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), enfatizou que o Brasil tem enfrentado este cenário adverso em boas condiçõesâ€. Para ele, a estabilidade da economia brasileira diante da crise é um fator positivo para atração de recursos internacionais. O Brasil é o país mais tranquilo, hoje, para atrair investimentos externosâ€, completou Andrade.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que participou de painel sobre as perspectivas das relações bilaterais, disse não acreditar que o recrudescimento da crise vá se desdobrar em moratórias, como ocorreu em 2008. Disse que, com o desaquecimento das economias americana e europeia, o desenvolvimento econômico mundial nas próximas décadas será liderado pelos países asiáticos e emergentes, como o Brasil.
Investir na cadeia de petróleo foi também a ênfase da participação no encontro do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. Ele exortou as empresas japonesas a participarem dos investimentos de US$ 224,7 bilhões que a estatal fará para produzir, em 2015, mais de 5 milhões de barris diários e, em 2020, mais de 7 milhões de barris/dia. Serão mais cinco novas refinarias, centenas de navios, mais de 50 novas plataformas de produção que exigirão milhares de tubos, válvulas, sensores, ligas, todo tipo de equipamento de alta tecnologia. በuma gigantesca oportunidadeâ€, destacou.