Setor de fertilizantes deve investir US$ 18,9 bilhões até 2017

As principais empresas ligadas á  produção de nutrientes para fertilizantes no Brasil deverão investir US$ 18,9 bilhões até 2017 para diminuir a dependência da agricultura do país das importações. Dados apresentados durante o II Congresso Brasileiro de Fertilizantes, que está sendo realizado nesta segunda-feira (27), mostram que a produção nacional de nutrientes – nitroênio, potássio e fósforo – deve pular de 3,427 milhões de toneladas para 9,353 milhões de toneladas, entre 2012 e 2017. No mesmo peíodo, a demanda passaria de 12,199 milhões para 14,732 milhões de toneladas. Hoje, a relação entre demanda e produção é de 28,1%. Com os investimentos, o país passaria a produzir 63,5% do total demandado. A produção brasileira de nitroênio teria uma participação de 43,8%, contra 24,8% atualmente. No fósforo, o percentual passaria de 50,8 para 77,4 pontos. Já a produção de potássio passaria a atender 6,2% das necessidades internas, contra os atuais 7,6%.

Para alcançar estes números, uma série de projetos está sendo colocados em prática. O gerente-geral de marketing da Vale Fertilizantes, José Emílio Nico anunciou que a previsão da empresa é de investir US$ 8,8 bilhões até 2017, passando a ter uma capacidade de produção de 30 milhões de toneladas por ano.  Entre os projetos, Nico destacou a transferênciade planta de SSP de Cubatão (SP) para Uberaba (MG), com investimento de US$ 150 milhões e com início projetado para 2013.

O projeto Colorado, em Mendonza, na Argentina, deve ter início no segundo semestre de 2014, com investimento de US$ 6 bilhões na produção de cloreto de potássio. A previsão é de produção de 4,35 milhões de toneladas por ano, sendo 3 milhões para atender ao mercado brasileiro. Esta será a única reserva de potássio de classe mundial do hemisfério Sul”, destacou o gerente.

A Vale deve por em início no segundo semestre de 2016 o Projeto Carnalita, em Sergipe, com a perspectiva de produzir 1,2 milhão de toneladas por ano de cloreto de potássio, com um investimento de US$ 1,8 bilhão. O projeto Salitre, em Patrocínio (MG), projeta investimento de US$ 1 bilhão, com início para o 1º semestre de 2016, com o objetivo de produzir 1,1 milhão de toneladas de rocha fosfática por ano e 500 mil toneladas de material supersimples (SSP).

O gerente de comercialização e marketing da Petrobras, Paulo Lucena, previu que em 2017, através de novos projetos, a empresa passe a produzir 2,926 milhões de toneladas de ureia e 2,542 milhões de toneladas de amônia. Entre os projetos, ele destacou a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III), em Três Lagoas (MG), com início em setembro de 2014 e investimentos de US$ 2,5 bilhões. A meta é produzir 1,21 milhão de toneladas de ureia e 761 mil toneladas por ano de amônia.

Lucena também lembrou do Projeto Complexo Gás Químico (UFN IV), em Linhares (ES), com investimento de US$ 3,1 bi e que deve ser iniciado em 2017 para produzir 783 mil toneladas de ureia e 430 mil toneladas de amônia. Também estão previstos investimentos de US$ 1,3 bilhão em uma planta de amônia em Uberaba (MG) e de US$ 120 milhões em uma unidade de sulfato de amônio, em Sergipe.

Soma

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