Melhor idade não é sinônimo de aposentadoria e pode representar bons negócios
Nesta terça-feira (1º) comemora-se o Dia do Idoso. Ter mais de 60 anos para muitos brasileiros é sinônimo de vida produtiva. Para os empresários, isso significa bons negócios. De acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), os maiores de 60 anos injetam mensalmente quase R$ 30 bilhões na nossa economia. Hoje, 12% da população economicamente ativa do Brasil têm mais de 60 anos, mas em 2050, este porcentual saltará para 49%.
Outro dado muito importante, é que 70% dos idosos brasileiros têm independência financeira e respondem por 20% do poder de compra no País. E quem pensa que o consumidor idoso é conservador está enganado. Pesquisas mostram que 54% dos entrevistados com mais de 60 anos admitem que gostam de experimentar novas marcas e 20% associam às compras a uma atividade de lazer. Muitas agências de turismo têm faturado alto com a venda de pacotes voltados para a terceira idade. Só este ano, serão mais de R$ 1,6 bilhão, segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav)
Agora quando se analisa a aposentadoria de uma boa parte dos idosos, a conclusão a que se chega é que ela não é céu de brigadeiro. As carências são muitas e as falhas do sistema de saúde, insanáveis. Por outro lado, que outra fase da vida pode ser mais propícia para um homem ou uma mulher saudável se dedicar a fazer o que gosta? Os filhos já cresceram, o Fundo de Garantia pode ter reservas consideráveis e o stress ficou no passado.
Por isso, é que a faixa de empreendedores com mais de 50 anos vem crescendo. Os indicadores dos pequenos negócios do Brasil apurados pelo Sebrae mostram que hoje 22,4% das micro e pequenas empresas brasileiras são de propriedade de pessoas com mais de 50 anos.