Consultoria da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha é alternativa para empresas que buscam inovação
Apoio prático e imediato, treinamento e qualificação profissional, aumento da produtividade e eficiência, além do fortalecimento da imagem no mercado – o que toda empresa almeja pode ser obtido por meio do programa Senior Experten Service (SES), programa de cooperação internacional. A iniciativa ofertada pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha possibilita que profissionais alemães experientes e altamente qualificados, com conhecimento em diversos idiomas e experiências internacionais, compartilhem suas vivências em empresas do mundo inteiro. De acordo com informações da entidade, ao todo são mais de 10 mil especialistas registrados pelo SES.
A Navegação Aliança, controlada pela Trevisa Investimentos, vivenciou essa experiência a fim de melhorar a eficiência nos processos operacionais e de manutenção das embarcações. Fundada em 1932, a empresa de médio porte que por ano fatura R$ 60 milhões, tem a área de atuação concentrada na Bacia Sul (Porto Alegre) e faz o transporte de fertilizantes, grãos, celulose e carga geral em contêiner.
“Durante 30 dias recebemos um sênior com experiência internacional na área de navegação e logística. Ele acompanhou nossos processos, visitou terminais e comparou nossa atividade com a do mercado mundial. No final, nos ofereceu um relatório com recomendações”, conta o diretor da Navegação Aliança – Trevisa, Jorge Lindemann. Segundo ele, “as empresas devem buscar soluções para competir não só com concorrentes locais, mas também com prestadoras de serviço de países desenvolvidos.” A bagagem e a visão de mundo do especialista possibilitou um intercâmbio de informações, segundo Lindemann. A parceria construída poderá, agora, viabilizar a visita de gestores da Navegação Aliança a portos e terminais de navegação dos Estados Unidos e Alemanha.
Andreas F. H. Hoffrichter, diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná) ressalta que a bagagem desses profissionais seniores contribui e muito com o desenvolvimento das empresas. “Os alemães possuem muito know-how, sobretudo nas áreas ligadas à tecnologia e inovação”, afirma. Os especialistas aposentados atuam em diversos segmentos, desde metalurgia, indústria química, alimentícia ao setor público. O trabalho ofertado por eles se concentra na manutenção de máquinas e instalações; treinamento técnico e profissional; aperfeiçoamento da qualidade e design de produtos; implementação de novas técnicas industriais e otimização de operações e processos produtivos.
O sênior Dieter Schambach que esteve em missão no Brasil pela primeira vez – entre março e abril – para prestar consultoria para a Navegação Aliança conta que a colaboração dos profissionais da empresa facilitou o trabalho. Ao acompanhar as atividades internas e nos terminais, o especialista se impressionou com os serviços prestados pela Aliança, elogiou o sistema de controle operacional e a área de tecnologia e fez recomendações para melhoria de processos e operações.
“Uma das principais contribuições foi em relação a como é feita a carga e descarga de grãos em outros países. Em termos gerais, a infraestrutura das instalações portuárias de Porto Alegre precisa de investimentos. Mesmo assim, a Aliança se esforça para prestar um bom serviço aos usuários”, relata o sênior que, antes de se aposentar, viveu e trabalhou no Brasil por duas décadas. Financiada pelo Ministério de Desenvolvimento Alemão e apoiada por entidades germânicas como a Associação das Câmaras de Comércio e Indústria Alemãs (Berlim), desde 1983 a Fundação SES já realizou mais de 20 mil projetos em 140 países.
Vale destacar que a empresa interessada pela consultoria custeia as despesas de viagem – passagem aérea, hospedagem, alimentação, transporte – além da diária do consultor que inclui uma taxa administrativa, a qual varia de acordo com o tamanho e capacidade da empresa. Para micro e pequenas empresas, uma missão de um mês custa em média R$ 8.550,00.
A AHK Paraná em parceria com a unidade da Câmara de Porto Alegre intermedia todo o processo, sendo a ponte entre o SES e o solicitante. A duração da ‘missão’ é determinada pela empresa, mas a sugestão do SES é que seja entre três semanas e três meses.