Sacolões passam por mudanças nos últimos anos e diversificam produtos para atrair novos tipos de consumidores

O empreendedor de um sacolão deve estar atento à concorrência.

Os sacolões surgiram na década de 70 no estado de Minas Gerais e o seu sistema de vendas consistia basicamente em negociar diversos produtos por um preço único. O cliente colocava os produtos que desejava em uma sacola e pesava-os juntos. Por isso, a origem do termo “Sacolão”. Mas foi a partir da década de 80, que os sacolões receberam um impulso do poder público através das Ceasas, que forneciam todo tipo de assistência técnica e estimularam sua expansão. Já os sacolões de hoje são diferentes. A maioria não tem ligação com o governo ou com as Ceasas e funcionam como comércios exclusivamente de cunho privado. Muitos desses negócios praticam a estratégia de vender diversos produtos por um preço único, e atendem em sua maioria, o público das classes B e C. Porém, existem sacolões que atendem apenas as classes menos privilegiadas, oferecendo produtos de baixo custo.

Já as novas tendências de mercado apontam para um perfil de sacolões que, além de oferecerem os produtos tradicionais , incluem em seu mix produtos orgânicos e da linha gourmet, além de agregarem em sua estrutura açougue e uma pequena mercearia com itens básicos de consumo.

Para os empreendedores que pretendem investir num sacolão, um dos pontos fundamentais para o sucesso desse tipo de negócio é a sua localização. Para atrair potenciais clientes, é essencial que o local escolhido tenha um grande fluxo de pessoas, o que permitirá maior visibilidade da loja; seja próximo a imóveis residenciais e tenha facilidade de estacionamento. Outro ponto importante a se considerar ao escolher o ponto comercial é a quantidade de concorrentes instalados nas proximidades. Convém verificar se é interessante se estabelecer num local onde a oferta de produtos similares pode estar saturada.

Quanto ao investimento, ele vai variar de acordo com o porte do empreendimento. De acordo com cálculos dos consultores do Sebrae, um pequeno Sacolão, estabelecido em um imóvel alugado de 50 metros quadrados, exigirá um investimento inicial de R$ 45 mil.

Por último, o empreendedor de um sacolão deve estar atento à concorrência, que é formada basicamente de supermercados e feiras livres. As grandes redes usam estratégias para atrair o público como o dia da feira, quando realizam promoções dos produtos hortifrúti. Entretanto, a maioria dos supermercados pratica preços menores somente neste dia. Nesta briga, o sacolão pode levar vantagem por oferecer um preço justo, todos os dias.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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