Vai viajar? Como fugir da alta do dólar

Para aqueles que estão com viagem marcada ou pretendem escolher destinos internacionais, seja para trabalho ou lazer, a alta do dólar pode doer no bolso e atrapalhar os planos. O dólar turismo está na faixa de R$3,60 – a maior cotação desde dezembro de 2016. Em função das eleições 2018, as perspectivas do dólar são de maior volatilidade, fazendo com que algumas instituições financeiras revisem as estimativas para o câmbio até o final do ano.

De acordo com análise da WM Manhattan, empresa que opera no mercado de renda variável e capacita traders (investidores) a operar na Bolsa de Valores, o crescimento das intenções de voto para candidatos avessos às reformas estruturais que objetivam sanar as contas públicas do Brasil podem trazer maior desvalorização ao real.

Pedro Henrique Rabelo, CEO da WM Manhattan, explica que uma possível saída para quem precisa ir ao exterior é tentar dividir as compras de dólar a fim de captar taxas mais atrativas, aproveitando das intervenções que o Banco Central está realizando. “Mas, caso a viagem não seja urgente ou não esteja comprada, o ideal é postergar os planos até que as eleições tomem um caminho mais claro”, aponta.

Pedro Henrique Rabelo listou 4 dicas para comprar dólar mais barato:

Compre o dólar aos poucos
Compre aos poucos e não troque tudo de uma vez, dessa forma há como driblar as imprevisibilidades das taxas de câmbio. Além disso, poderá saber o melhor dia para compra e alcançar o valor desejado de maneira mais acessível.

Segurança

Para garantir a segurança na troca do dinheiro é essencial optar por empresas e locais credenciados pelo Banco Central. Evite o “câmbio negro”, já que não há garantia se a nota é verdadeira.

Prevenção e antecedência

Nunca deixe para trocar a moeda na hora da viagem e no aeroporto, as taxas de câmbio são muito mais altas e nem sempre aceitam o real.

Pesquise

A pesquisa é uma das partes mais importantes na hora da compra, independente da moeda. Pesquise em diversas plataformas e em vários dias para saber o câmbio mais baixo. O dólar pode variar em até 20 centavos de uma empresa de câmbio para outra.

Saiba como o dólar subiu

O dólar ganhou força frente às principais moedas do mundo. O DXY que compara o dólar a uma cesta de moedas (tais como euro, iene, libra entre outras) subiu aproximadamente 4% desde o início de abril. Em relação aos emergentes, a moeda também teve forte valorização, o que forçou a intervenção de Bancos Centrais, como ocorreu no Brasil e na Argentina.

A alta do dólar vem sendo atribuída a uma possível retomada mais agressiva dos juros nos EUA por parte do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED), o que tem elevado o rendimento dos títulos do governo americano.

Em consonância a esse cenário, o ambiente eleitoral no país está muito pulverizado, em que não se desponta nenhum nome com maior força. Outro fator que colabora para desvalorização do real frente ao dólar é a redução da SELIC, que desestimula investidores estrangeiros que buscavam lucrar com o diferencial de juros, tomando empréstimos no exterior e aplicando no Brasil.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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