Empresas familiares possuem características marcantes: vibrantes e ambiciosas, ajudam a estabilizar a economia e creem que o sucesso significa mais do que simplesmente lucro e crescimento. Mas, em muitas situações, falta ênfase em estratégias e planejamentos de médio e longo prazo, o que prejudica na conquista dos objetivos e no aproveitamento de seu verdadeiro potencial. Estas são informações da Pesquisa Global sobre Empresas Familiares 2016, da PwC, que entrevistou 2.802 líderes executivos de empresas familiares em 50 países, incluindo o Brasil. Outro dado importante mostra que 54% destas não têm um plano de sucessão em vigor, e apenas um terço delas se diz vulnerável à disrupção digital.
Para auxiliá-las a vencerem o desafio da longevidade, a JValério, associada à Fundação Dom Cabral no Paraná e em Rondônia, oferece um programa efetivo para empresas dispostas a incorporarem a governança corporativa em seus negócios, o PDA – Parceria para o Desenvolvimento do Acionista e da Família Empresária. “O PDA traz a possibilidade de todos os membros da família empresária entenderem quais são os seus papéis e interesses, e como devem agir para promover uma harmonia familiar e coesão societária”, explica o professor da FDC e especialista em governança corporativa Dalton Sardenberg.
Com foco em membros de uma empresa familiar (fundadores, cônjuges, sucessores e herdeiros de segunda, terceira e quarta gerações), que trabalham na empresa ou não, o programa aborda disciplinas como Relações de Confiança / Coesão, Gestão de Riscos, Gestão de Conflito, Liderança e Sucessão. Ao todo o programa já auxiliou mais de 600 organizações.
“O grande desafio deste modelo de organização é conseguir trabalhar sua longevidade. A governança corporativa é única ferramenta possível para conduzir a empresa do estágio atual para o seu estágio futuro, com planejamento estratégico, plano de sucessão, coesão societária e harmonia familiar”, reforça Sardenberg.
Os participantes do programa recebem aporte conceitual sobre temas focais para o desenvolvimento das empresas familiares; aplicam o conhecimento recebido a partir das necessidades específicas de cada família, sempre com especialistas trabalhando em conjunto e convivem em um espaço de troca de informações entre as diversas famílias participantes, que compartilharão suas histórias, experiências e soluções encontradas.
Para Paula Coelho, da empresa curitibana Perfipar, cada módulo fez com que a família tivesse mais maturidade nas discussões: “Agora o foco é a empresa e não mais apenas o bem estar da família. Essa foi uma grande conquista. No PDA adquirimos muito conhecimento para argumentar, então saímos do achismo rumo a uma situação real e concreta”, conta.