Incerteza de novo Governo pede cuidado, mas pode ser grande oportunidade para empresários
Nas próximas semanas, definiremos o futuro brasileiro para, pelo menos, os quatro anos que estão por vir. Com candidatos de perfis extremamente diferentes e acentuado ceticismo em relação aos políticos, as eleições de 2018 ainda são incertas a respeito de quem será o escolhido e, consequentemente, de quais ações serão tomadas para o crescimento do PIB e estabilização da economia.
Este contexto nos torna desconfortavelmente vulneráveis, pois ao cotidiano empreendedor além dos inúmeros desafios inerentes à gestão dos investimentos, onde a quase todo momento precisamos passar por readaptações como, lidar com riscos, realizar planejamentos, analisar estratégias e ser um líder presente, somam-se incertezas externas oriundas do complexo cenário político, exponenciado por especulações acerca de prognósticos infundados que viralizam virtualmente em velocidade inimaginável.
Cabe aos políticos o papel de minimizar os impactos. Porém, a prevalência de interesses pessoais de curto prazo com a falaciosa manipulação da população, especialmente as das esferas sociais desprovidas de discernimento, desvirtuam e inibem as reais demandas estruturantes que resultariam no sustentável e perene legado para as futuras gerações.
Mas é fato que alguns passos deverão ser dados a curto prazo para que o Brasil saia da estagnação. Historicamente cultuamos o ranço de excessiva influência do Estado nos meios produtivos que sem a adequada competência proporciona gritante desequilíbrio. O viés estatizante ora vivenciado no Brasil antagoniza radicalmente e nos coloca distantes do que se persegue nas sociedades que oferecem elevados índices de desenvolvimento humano aos seus cidadãos.
O ceticismo impera quando se trata de reduzir o tamanho dos braços do Estado brasileiro. O corporativismo tende a prevalecer e assim asfixiar a iniciativa privada ao invés de proporcionar mecanismos que aflorem competências adormecidas geradoras de riquezas e assim sustentar de forma perene um ciclo virtuoso que beneficiará a sociedade brasileira continuadamente.
Por fim, independentemente do que será decidido ao final destas eleições, devemos encarar os próximos anos como uma oportunidade para retomar o crescimento do Brasil e sair da estagnação pela qual passamos nos últimos governos. A definição do cenário político deve ser encarada com precaução, mas, ao mesmo tempo, deve inspirar o espírito renovador dos empresários no desenvolvimento de melhores formas de atingir seus objetivos e, assim, cumprir seu relevante e imprescindível papel social, preferencialmente, sem interferências políticas.
O artigo foi escrito por Egton Pajaro, empresário na Kephas