Carne suína ganha apelo popular com aumento de consumo e diversificação de negócios

Carne suína ganha apelo popular com aumento de consumo e diversificação de negócios

Por anos relegada ao papel de carne secundária e consumida majoritariamente pelo preço mais em conta, a carne suína passou a ser desmistificada no Brasil em anos recentes: com o aumento do preço da carne bovina e de frango, o porco passou a ganhar protagonismo nas mesas de restaurantes e nos mercados. Para 2018, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) prevê um crescimento no consumo doméstico de, no mínimo, 1,63%. Anualmente, são comercializadas 3,75 milhões toneladas em todo o país.

Os principais estados produtores da carne são o Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Com um consumo per capita relativamente baixo (14,7 kg/ano), o potencial de crescimento do mercado é enorme e, nessa toada, estabelecimentos já têm se movimentado para fidelizar clientela adepta dos cortes suínos.

A acessibilidade, devido ao preço, é um fator. Porém a popularização de cortes até então pouco conhecidos no mercado – como picanha e filé mignon suíno – também são elementos a se considerar no crescimento do mercado de carne suína.

“Em 2017, criamos uma franquia de pubs dedicados a cortes de carnes suínas”, detalha José Araújo Neto, proprietário do Porks, que une a premissa de chopes artesanais com petiscos e sanduíches onde o porco é protagonista. Atualmente, o Porks possui 4 unidades em Minas Gerais e Paraná, dois dos maiores produtores nacionais do nobre animal. “Apostamos em assinaturas de petiscos e sanduíches nem tão convencionais, como o torresmo em tira e o Old West, um hambúrguer de linguiça artesanal”.

Apesar de ter um ano, a franquia já pode ser considerada um case de sucesso desse mercado emergente: são 4 toneladas de carne suína vendidas mensalmente em toda a rede. Deste total, 1 tonelada e meia é só de bacon. “Depois de um período de expansão significativo das hamburguerias, acredito que o mercado voltará os olhos para o potencial dos cortes do porco”, avalia Neto.

Se levarmos em consideração, o consumo de carne suína no Brasil ainda é baixo e, justamente por isso, tem um potencial enorme de crescimento em restaurantes e comércios especializados. Na Europa e China, os índices de consumo per capita orbitam na casa dos 40 kg/ano, mais que o dobro da média nacional atualmente. Nesse caminho, apostar no mercado do porco desde já pode significar chafurdar em solos férteis em um futuro breve.

Sobre o Porks

Chopes artesanais regionais e petiscos com carne de porco a preços acessíveis, embalados a muito blues e rock and roll. Essa é a essência do Porks, que surgiu em agosto de 2017 com a primeira unidade em Belo Horizonte, já inaugurando a loja em frente ao Museu em Curitiba, no mesmo mês. As duas cidades ganharam mais duas unidades da marca, que pretende expandir no modelo de franquias a partir de 2019. Ideal para curtir com o seu par, amigos ou colegas de trabalho, o Porks conta com uma ampla carta de cervejas e um ambiente aconchegante.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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