Consórcio de serviços cresce 38% no terceiro trimestre

Consórcio de serviços cresce 38% no terceiro trimestre

Quando a decisão é investir em consórcio, já se tem em mente que iniciará uma compra parcelada para adquirir um bem em uma das formas mais econômicas e inteligentes do mercado. O que talvez muitas pessoas não saibam é que o consórcio pode ser contratado para a realização de um serviço,uma viagem, cirurgia plástica, reforma da casa e até um intercâmbio. No Paraná e em Santa Catarina a modalidade ganhou força. De janeiro a setembro, quando comparado ao ano anterior, o consórcio de serviços cresceu 32%, seguido pelo de motocicletas (13%) e automóveis (2%), de acordo com o levantamento do Consórcio Araucária, associado à BR Consórcios, que atende a população de ambas as regiões.

No terceiro trimestre deste ano, o consórcio de motocicletas, outro segmento que o consumidor pode adquirir com a modalidade, cresceu 23% e o de serviços avançou 38%. O crescimento nas vendas de novas cotas de consórcios de serviços no período é puxado pelos municípios de Curitiba (PR) que cresceu 260% e Cascavel (PR), com 31%. O consórcio de serviços possui créditos que variam de R$ 8 mil a 16 mil, no prazo de 36 meses.

O gerente regional do Consórcio Araucária, Alecsander Daré, explica que no consórcio de serviços não é feita a exigência de garantia real para utilização do crédito contemplado, desde que cumpridos alguns requisitos. “Essa facilidade tem atraído um número maior de interessados, que pretendem utilizar o crédito do consórcio de serviços, quando contemplados, para realizar uma viagem, reforma da casa, cursos no exterior, formatura e até cirurgia estética”, conclui.

Daré diz que os números da modalidade de consórcios têm sido um importante termômetro de esperança para a economia brasileira nos últimos anos. É importante dizer que, além de oferecer segurança financeira, os consórcios apresentaram crescimento este ano, de acordo com a Associação Brasileira de Consórcios (ABAC), influenciado pela não existência de juros, que vai contra uma tendência de alta registrada nos métodos tradicionais de financiamento desde o início da crise econômica. De acordo com a ABAC, o maior motivo que leva o brasileiro a comprar um consórcio, por exemplo, é o valor da parcela.

Sonhos realizados pelos consórcios – Michelle Roberta Gomes, de 25 anos, utilizou o consórcio de serviços para realizar a festa do seu casamento. “Meu marido e eu tínhamos o sonho de nos casar, conhecemos a possibilidade pelo consórcio e decidimos apostar porque, para juntar dinheiro, no dia a dia, é muito difícil. A facilidade, o valor da parcela e a flexibilidade me ajudaram a realizar esse sonho”, diz.

Segundo Daré, a flexibilidade e a possibilidade de crédito sem a cobrança dos juros praticados pelo financiamento tradicional têm atraído cada vez mais o consumidor. Outro benefício é que a carta de crédito dá o poder de negociar a aquisição do bem à vista, o que traz mais poder na transação. Isso torna a modalidade uma boa oportunidade de investimento para a pessoa física. “Estamos mais próximos ao consumidor para que ele possa fazer o planejamento da sua família, aproveitando oportunidades como o FGTS, a flexibilidade desse investimento, o parcelamento integral do valor sem a necessidade de uma entrada, entre outros”, explica o executivo.

Como funciona o consórcio

Daré explica que hoje o consórcio no geral é composto de taxa de administração (custo operacional para a administradora administrar os grupos, formação de assembleias, entrega de bens, entre outras atividades), fundo de reserva (utilizado para suprir a inadimplência do grupo) e o seguro de vida (que cobre morte ou invalidez permanente do consorciado). Os grupos de consórcios reúnem pessoas físicas ou jurídicas, promovidas exclusivamente por uma administradora credenciada pelo Banco Central, com prazo de duração previamente estabelecido, com a finalidade de propiciar a seus integrantes a aquisição de bens móveis, imóveis e serviços, por meio de autofinanciamento.

O consorciado pode ser contemplado antes de terminar de pagar o valor da sua carta de crédito, e continuar a pagar o seu plano com o seu crédito em mãos. Vale ressaltar que, nos sorteios o consorciado só vai concorrer com aqueles participantes que pagam suas parcelas em dia, o que aumentam ainda mais suas chances. Ele pode concorrer por sorteio ou por lance, caso tenha alguma quantia guardada e queira antecipar a retirada do seu crédito. Se o lance do consorciado for um dos maiores do seu grupo ele leva o crédito. Se não for, ele pode ofertá-lo novamente nas próximas reuniões.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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