Instituições de Ensino Superior oferecem alternativas de financiamento estudantil
Os programas de financiamento são uma forma importante de aumentar o acesso ao ensino superior. O FIES e o ProUni são duas opções governamentais que já financiaram milhões de estudantes, mas o número de beneficiários é cada vez menor. Para se contrapor a essa queda, as instituições de ensino particulares estão apostando cada vez mais em programas próprios de financiamento.
“Hoje é mais difícil conseguir uma vaga no FIES. São mais etapas, a burocracia é maior e as vagas diminuíram muito”, afirma Edson Machado Filho, vice-reitor do Centro Universitário IESB. “Os principais meios de acesso agora, em relação a auxílio financeiro estudantil, vêm das instituições e não tanto do governo”, continua.
Segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, o número de novos contratos do FIES caiu de 690.588 em 2014 para 170.905 em 2017, uma redução de 75,3%.
Para Edson, esse cenário incentiva as faculdades a oferecer bolsas, descontos e financiamentos para atrair mais estudantes. “As instituições têm um nível de custo que, pela situação econômica atual, está descasado com a capacidade de pagamento de boa parte dos estudantes. Se nós não dermos opções com as quais o estudante pode arcar, ele não vai estudar”, conta o vice-reitor.
O IESB, por exemplo, possui o seu próprio programa de parcelamento. O I/E/S/B Parcelado. O beneficiário paga 50% da mensalidade durante o curso e 50% depois de formado, sem juros e sem fiador. O programa conta ainda com isenção de mensalidades para estudantes que alcancem mais de 600 pontos no ENEM. Além disso, a Instituição possui outros programas de desconto, como o voltado para alunos que já possuem diploma, ou para alunos com mais de 50 anos e de instituições parceiras, por exemplo.
“Nós acreditamos que o parcelamento faz todo o sentido já que, quando a pessoa se forma, ela tem uma chance muito maior de aumentar sua renda, de encontrar um emprego melhor. Diplomado, o aluno tem uma perspectiva de renda melhor do que não-diplomado”, explica Edson. “O IESB também atende um público bastante diverso e precisamos ter os incentivos corretos para trazê-lo para a Instituição”, finaliza o vice-reitor.