Vendas da Vinícola Campo Largo batem recorde
Na contramão do cenário nacional de crise, a indústria paranaense Vinícola Campo Largo registrou no primeiro bimestre de 2009 a melhor marca da sua história em volume de vendas. A comercialização de seus produtos foi 16% maior em janeiro e fevereiro, em comparação ao mesmo peíodo de 2008.
Para o diretor comercial da Vinícola, Wilton Tremura, o resultado é consequência de ações de venda e do cenário atual. Fizemos um esforço concentrado de vendas, mas o aumento do dólar colaborou, pois ficou mais caro importar vinhos dos outros países. Outro fator é o crescimento na procura pela nossa linha de espumantes, frisantes e suco de uvaâ€, afirma. Os principais concorrentes nos pontos de venda são os vinhos importados, principalmente dos países do Mercosul que, com a paridade do dólar, chegavam ao mercado nacional com valores muito baixos. Segundo o Instituto Brasileiro do Vinho, Ibravin, em janeiro houve uma queda de 2,5% nas importações de vinho, com uma entrada no Brasil de 3,47 milhões de litros contra 3,56 milhões de litros em 2008. Os principais países afetados com a baixa das vendas no Brasil foram: Nova Zelá¢ndia (-93,5%), Uruguai (-49,5%), Chile (-22,46%), Itália (-12%) e Argentina
(-5,75%).
O que desestabiliza a concorrência dos vinhos nacionais com os de outros países é o custo de produção nas terras estrangeiras. A fabricação de vinhos nos países do Mercosul, principalmente Argentina e Chile, é mais barata em virtude das caracteísticas de solo e de climaâ€, explica Giorgeo Zanlorenzi, diretor-presidente da Vinícola Campo Largo. A indústria comercializou no ano passado 20 milhões de garrafas de vinho, a expectativa é superar esta marca em 2009.
A Vinícola Campo Largo é a maior indústria de vinho de mesa do Brasil, líder de mercado nos estados do Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí.