Grupo Santander Brasil mantém projeções após rebalanceamentos do Ibovespa

O Grupo Santander Brasil mantém as projeções de entrada e saída de ações do Ibovespa após o rebalanceamento divulgado recentemente pela BM&F Bovespa. A nova carteira do Ibovespa entrará em vigor em 1º de janeiro e será válida até 30 de abril. Segundo Renata Cabral, da área de Equity Research do Banco, a ponderação das ações brasileiras no Ibovespa deverá ir em direção ao grupo dos cíclicos domésticos, conforme aponta tendência.

De acordo com cálculos de Renata, os cíclicos domésticos vão ganhar 5,9 pontos percentuais, para 35,4%, ao mesmo tempo os cíclicos globais perderão 5,6 pontos percentuais, para 47,7%, e o grupo de defensivos domésticos vãoperder 3 pontos percentuais, para 16,9%. Segundo as projeções do Santander, os três setores que vão ganhar o maior peso são: imobiliário e construção civil  (3%, para 5,7%), aeroespacial e de transporte (1,5%, para 5,6%) e varejo (1,2%, para 4,4%), todos setores de cíclicos domésticos.
 
Dos quatro setores que vão perder mais peso, três são cíclicos globais: mineração (-2,2 pontos percentuais, para 16,9%), petróleo e gás (-1,8 pontos percentuais, para 16,2%) e celulose e produtos florestais (-1,6 pontos percentuais, para 1,5%). Apenas uma empresa de defensivos domésticos cai em termos de peso no índice: alimentos e bebidas (-1,1 pontos percentuais, para 3,6%).

Segundo análise do banco, de 1992 a 2002, o mercado de ações brasileiro era praticamente de telecomunicações. O setor, sozinho, representava cerca de 45% do índice, enquanto cíclicos globais estavam em 25%-30% e os cíclicos domésticos tiveram um peso baixo, perto de 13%. Apenas seis anos depois, em maio de 2008, quando o mercado altista anterior terminou, o Ibovespa tinha fortemente deslocado para os cíclicos globais, que então representavam praticamente metade da ponderação, enquanto o setor de telecomunicações tinha caído para 6%. Cíclicos domésticos, por sua vez, conquistaram uma parte deste reajustamento, subindo para 28%.