Contas públicas podem ser empecilho para o crescimento do PIB
O Banco Central elevou a projeção de crescimento do PIB de 5,8% para 7,3%, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quarta-feira (30). Para o professor de Economia da FGV-Eaesp, Evaldo Alves, a sustentabilidade de um crescimento deste porte é complexo. Na sua opinião, poderão ocorrer pressões inflacionárias que já estão presentes na economia desde o início do ano, embora o Banco Central tenha já tomado medidas de contenção como o aumento do compulsório dos bancos bem como a elevação das taxas de juros. Além disso, o déficit público constitui atualmente um dos maiores gargalos, atuando no sentido de diminuir o dinamismo que se encontra latente na economia brasileira. Ao lado das deficiências em infraestrutura este é o maior limitador do crescimento econômico do país, alerta.
Sobre a queda do investimento estrangeiro no país, Alves destaca que os investimentos estrangeiros virão em maior volume se o Brasil fizer os ajustes necessários. Já as exportações, segundo Alves, dependem não apenas das condições de estabilidade e crescimento interno, mas também das taxas de cá¢mbio prevalecentes no mercado.