Situação dos cartórios judiciais
A caótica greve, de mais de um mês, dos serventuários da Justiça do Estado de São Paulo, pela cobrança de aumento nos salários e de bonificações, demonstra a fragilidade do sistema de serventias estatizadas, estabelecido em São Paulo. Essa é a opinião do desembargador Antonio Carlos Viana Santos, presidente do TJ paulista. O serviço vinculado ao estado não garante um melhor serviço aos advogados e a população ou melhores salários aos servidores. Viana chegou a revelar que em São Paulo, apesar de se arrecadarem as maiores custas do país, há dois anos não há reposição salarial para a categoria, além da falta de verbas para gratificações e reposições salariais.Â
No Paraná, onde o sistema ainda é, em grande parte, privatizado, greves como essa não têm ocorrido nos últimos anos. Agora que as primeiras serventias vão ser estatizadas, por ordem Constitucional, é que será possível avaliar a real capacidade do estado na gestão dos cartórios judiciais.