Inflação de Curitiba fica acima da média nacional
O ándice de Preços ao Consumidor para as Famílias de Baixa Renda (IPC), calculado pelo IBGE, para a Região Metropolitana de Curitiba, com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre 1 e 6 salários mínimos mensais e cujo chefe é assalariado na sua ocupação principal, registrou alta de 0,37% em julho. Com este resultado, o IPC Curitiba acumula no ano variação de 3,91%. No mesmo peíodo de 2009, essa variação foi de 4,10%. Nos últimos 12 meses (agosto/2009 a julho/2010), o acumulado do IPC registrou alta de 4,49% na Grande Curitiba, pouco acima da média nacional, o INPC, que totalizou 4,44%.
Segundo o coordenador do curso de Economia da Escola de Negócios da Universidade Positivo, Jackson Bittencourt, o IPC de 0,37% de julho representa a inflação de praticamente metade das famílias da região de Curitiba, que se classificam no critério de baixa renda. E comparando-se o resultado de Curitiba com os das demais regiões pesquisadas pelo IBGE, constata-se que a elevação registrada no mês de julho para Curitiba foi a maior. Em relação ao índice nacional, com deflação de 0,07%, o resultado de Curitiba contrariou a tendência de queda da inflação verificada na maioria das regiões pesquisadas.
As principais contribuições para o IPC foram causadas pelos grupos habitação (0,62 pontos percentuais) e despesas pessoais (0,05 ptos percentuais). O grupo alimentação e bebidas, de maior peso na estrutura de dispêndio das famílias de baixa renda, continuou apresentando deflação em julho. Passou de –1,25% em junho para –1,03% em julho. Com este resultado negativo, a alimentação foi a grande responsável para conter uma maior inflação em julho. Isto significa dizer que, se este grupo não tivesse apresentado queda, a inflação do mês teria sido de 0,65% .
Em julho, a inflação em Curitiba foi pressionada basicamente pelo grupo habitação que subiu 3,99%. Este aumento foi fortemente influenciado pela elevação da tarifa de energia elétrica residencial que aumentou 14,06% neste mês.
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Na RM de Curitiba, os produtos com as maiores altas individuais em julho foram: tarifa de energia elétrica residencial (14,06%), tangerina (11,31%), roupa de banho (9,33%), banana (7,18%) e passagem de ônibus interestadual (6,30%). Na outra ponta, os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços foram: tomate (-27,42%), repolho (-21,58%), alface (-18,35%), transporte escolar (-14,11%), açúcar refinado (-9,11%), cebola (-7,50%) e batata-inglesa (-7,33%).