Endividamento elevado e atividade econômica fraca retardam queda da inadimplência do consumidor

O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor recuou 1,5% em maio, na comparação com abril  último, atingindo o valor de 95,9. Como, por sua metodologia de construção, o indicador possui a propriedade de antever os movimentos cíclicos da inadimplência com seis meses de antecedência, a sequência de quedas mensais realizadas pelo indicador sinaliza que a inadimplência do consumidor, após ter subido ininterruptamente desde o início de 2011, deve se estabilizar e, posteriormente, entrar em trajetória de recuo ao longo do segundo semestre deste ano. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o elevado nível de endividamento do consumidor – tendo em vista o crescimento excessivo do crédito durante o ano de 2010 e boa parte de 2011 –, e o enfraquecimento da atividade econômica doméstica estão fazendo com que a reversão da alta da inadimplência ocorra mais lentamente desta vez do que ocorreu nos outros episódios de elevação dos níveis de inadimplemento do consumidor (2001/2002, 2004/2005 e 2008/2009).

Contudo, a aceleração da atividade econômica, a continuidade de redução das taxas de juros, a manutenção das taxas de desemprego em patamares historicamente baixos e o maior rigor das instituições financeiras na concessão de crédito contribuirão para a  melhora gradativa do cenário da inadimplência do consumidor durante o segundo semestre de 2012.

O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência das Empresas avançou 0,5% em maio de 2012, na comparação com abril/12, atingindo o patamar de 104,8 pontos. Foi a menor variação mensal deste indicador em 18 meses, sinalizando que a inadimplência das empresas deverá manter-se em patamar relativamente elevado, porém com pouca probabilidade de deterioração adicional durante o segundo semestre de 2012.

O lento processo de reativação do crescimento econômico, o nível ainda elevado da inadimplência dos consumidores e o agravamento da crise financeira internacional estão postergando a concretização de uma trajetória de queda mais consistente da inadimplência das empresas, observam os economistas da Serasa Experian.

Soma

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