Otimismo do brasileiro continua crescendo
O componente de expectativas quanto ao desemprego teve uma melhora de 1,3% em relação ao mês passado, saindo de 126,1 para 127,7. No entanto, ainda está 1,3% abaixo do verificado em igual mês de 2011. Em junho, quando começaram a sair notícias de que a economia não ia tão bem, esse componente caiu muito (de 135,2 em maio para 124,6 em junho). Agora, na ausência de outras notícias ruins, é o terceiro mês seguido de recuperaçãoâ€, afirma o economista da CNI, Marcelo Azevedo.
O componente de compras de bens de maior valor também teve variação positiva na pesquisa realizada entre os dias 16 e 20 deste mês, com 2.002 pessoas de todo o país. O indicador saiu de 110,3 em julho para 112,1 em agosto, num aumento de 1,6%. Foi uma recuperação importante em um indicador que não costuma variar tanto. Talvez as informações de renovação dos incentivos á economia, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns setores. tenha influenciado a disposição do consumidor para as comprasâ€, analisa Azevedo.
O índice de endividamento da população, no entanto, caiu 1,8% em agosto na comparação com julho, refletindo o aumento do percentual de entrevistados que afirmou que suas dívidas cresceram. O indicador ainda está 2,2% acima do verificado no mesmo mês do ano passado. O mesmo ocorreu com o componente de expectativas da inflação, em que os entrevistados respondem se estão preocupados com a evolução dos preços nos próximos seis meses. O indicador recuou 1,1% em agosto em relação a julho. Apesar de ser a terceira queda consecutiva desse item, não há motivos para preocupação, porque ele está em patamar elevado, 8% acima do de agosto do ano passadoâ€, diz Azevedo.