Desoneração da folha de pagamento pode ser estendida para toda a indústria de transformação
A desoneração da folha de pagamento já atinge 40 setores ligados á indústria, serviços e transportes e segundo me disse o coordenador-geral de acompanhamento de ações e programas especiais da Secretaria de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Felipe Giesteira, a medida deverá ser estendida para toda a indústria de transformação.
Só este ano, a desoneração da folha de pagamento deverá representar um custo fiscal ao governo federal de R$ 14 bilhões, ou seja, 0,2% do PIB. Em quatro anos, o governo abrirá mão de receitas no valor de R$ 60 bilhões. Entretanto, segundo me disse Luiz Felipe Giesteira, a relação custo benefício é muito grande, pois ao abrir mão de parte de suas receitas, o governo está possibilitando o crescimento da economia brasileira.
E para traduzir e desmistificar o Plano Brasil Maior, o coordenador do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior está em Curitiba onde na manhá desta quarta-feira (26) fez palestra para empresários a convite da Cá¢mara Brasil-Alemanha e da Consultoria Deloitte. Antes da palestra eu perguntei a ele o que o governo espera dos empresários depois de dar a sua contrapartida. De acordo com Giesteira, o que o governo quer, realmente, é que os empresários continuem investindo nos seus negócios e acreditando no Brasil.
Segundo o representante do MDIC, todas as medidas que o governo tomou até agora têm como objetivo reaquecer a economia e estimular os investimentos. Já a partir do próximo ano, o PIB deve crescer acima de 4%, e o mais importante é que este crescimento se dará novamente em cima do mercado interno.
Giesteira também informou para os empresários paranaenses que o BNDES está oferecendo linhas de financiamento com juros negativos para a aquisição de máquinas e equipamentos de conteúdo nacional. O acesso ao crédito e taxas de juros atraentes são outras formas de incentivar as empresas a investirem.
