Entraves de infraestrutura e logística limitam desenvolvimento do setor florestal
Altos custos portuários e aeroportuários, burocracia alfandegária, custo do frete internacional e de transporte interno, tributação, falta de investimentos nos modais de transporte. Esses são alguns dos entraves apresentados pelos especialistas que participaram nesta quarta-feira (12) do 4º Congresso Florestal Paranaense, em Curitiba (PR). Para o consultor e presidente da STCP Engenharia de Projetos, Ivan Tomaselli, no Brasil, a produtividade florestal tem sido a principal vantagem comparativa. A vantagem logística é catastróficaâ€, afirma o consultor.
De acordo com o coordenador de serviços de Infraestrutura Logística e Aviação Agícola do Ministério da Agricultura, Carlos Alberto Nunes Batista, a ineficiência logística do país está impedindo que o agronegócio aproveite as vantagens competitivas que possui. O cenário é positivo para esse setor com mercado consumidor crescente e preços favoráveis a longo prazoâ€, afirma. No entanto, para que isso se transforme em negócios para o agronegócio brasileiro, Batista afirma que é necessário superar obstáculos como a oferta portuária reprimida e a instabilidade juídica.
Na opinião do diretor florestal da Battistella, Ulisses Ribas, todas essas dificuldades inviabilizam a expectativa do Brasil de ser um exportador florestal. Entretanto, Ribas afirma que a falta de conhecimento também é um entrave á exportação. በpreciso informação sobre o mercado do país comprador, as peculiaridades legais, as exiências fitossanitárias, a estrutura econômica e os processos regulatórios da concorrênciaâ€, explica. O diretor acredita ainda que para superar esses problemas é necessário se envolver no processo para encontrar as soluções.
Para atender parte dessas demandas setoriais quanto á infraestrutura e logística, o Estado do Paraná tem investido e atuado junto ao governo federal para conseguir recursos com esse fim. Segundo a coordenadora do sistema rodoviário da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, Rejane Karam, diversos projetos estão em aprovação, entre eles a retomada das linhas ferroviárias Norte-Sul e Maracaju- Guaíra-Paranaguá; a criação de um novo acesso ao Porto de Paranaguá pela estrada velha de Alexandra e implantação de mais armazéns. Na avaliação de Rejane, os desafios são investir em expansão e melhoria dos modais e reduzir a burocracia estatal. Atualmente, 70% do transporte no Paraná é feito pelas rodovias.
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