Quatro em cada dez indústrias não podem mais se endividar

divida-renegociacao.pngNada menos do que 37%  das empresas industriais não possuem mais espaço para endividamento, revelam sondagens especiais sobre financiamento elaboradas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com as indústrias extrativa e de transformação e a indústria da construção. Informam as pesquisas que 69% das empresas industriais têm algum tipo de dívida. Desse universo de companhias com dívidas,  37% informaram estar no limite do endividamento e 16% disseram estar acima, somando, portanto, um total de 53% das empresas com dívidas que não podem mais se endividar.

A pesquisa aponta ser o capital próprio a maior fonte de financiamento das indústrias, usado por 69% delas.  Os empréstimos bancários compõem o financiamento de 56% das empresas, enquanto o crédito de fornecedores e de clientes  é utilizado por 34%. A captação externa de recursos é utilizada por 4% das companhias industriais.

A falta de linhas de crédito adequadas á s suas necessidades foi a principal dificuldade apontada pelas indústrias na obtenção de crédito, conforme  47% delas. Vem, em seguida, pela ordem, a exiência de garantias reais (assinalada por 44%) e de documentos e renovação de cadastros (registrada por 39%).

As reduções nas taxas de juros, pontua a Sondagem Especial, foram percebidas pela indústria no segundo trimestre de 2012. Embora 48% das empresas tenham dito que os juros estavam iguais nos empréstimos de curto prazo, 43% relataram  juros menores, índice que sobe para 45% no crédito de longo prazo. Igualmente 45% informaram que, no financiamento de longo prazo, os juros estavam semelhantes. Apenas 10%, nesse caso, disseram ter havido aumento dos juros.

A maioria das empresas que obteve  crédito – 57% – relatou que os valores foram iguais aos que solicitaram. Quase um terço – exatamente 30% -  informou que os valores dos financiamentos foram menores do que necessitavam.  Segundo 13% das indústrias, o valor do crédito foi maior do que precisavam.

O levantamento da CNI revela também que, na indústria de transformação e na extrativa, 28% das empresas se financiam exclusivamente com capital próprio – ou seja, não tomam empréstimos, nem bancário, nem de fornecedores. Ainda entre as empresas das indústrias de transformação e extrativa, o maior percentual daquelas que dizem não estar endividadas  se localiza entre as pequenas – 24%, contra 16% das médias e 14% das grandes. Entre as empresas endividadas, está ainda entre as de pequeno porte, com 59%, o maior número das que relatam estar no limite ou acima da capacidade de endividamento. Tal percentual cai para 56% entre as médias e para 47% entre as grandes empresas industriais. Na indústria da construção, o percentual de empresas que estão acima ou no limite de endividamento é menor: 45%. Esse percentual cai para 35% considerando-se apenas as grandes empresas.

A Sondagem Especial da CNI ouviu  2.363 empresas entre 1º e 13 de agosto, das quais 843 de pequeno porte, 920 médias e 600 grandes.

Soma

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