Alta carga tributária é o que mais afeta a competitividade da indústria paranaense

A estratégia mais citada pelos industriais do Paraná para enfrentar o comércio internacional é investir em inovação (29,21%). Para 24,75%, a aconcorrência internacional é uma forte preocupação. 23,27% das empresas têm produtos aptos para concorrer internamente com produtos importados e 17,08% estão capacitados para oferecer produtos consumíveis no exterior.
O presidente da Fiep Edson Campagnolo, destacou durante entrevista coletiva á imprensa os planos de investimentos em infraestrutura que foram apresentados pelo governo nos últimos meses. Segundo ele, esses investimentos são fundamentais para aumentar a competitividade do setor produtivo brasileiro no futuro. E a Sondagem Industrial mostra que o empresário paranaense está especialmente preocupado com essa questão. Campagnolo se refere ao fato de que, segundo o levantamento da Fiep, apenas a área de energia elétrica foi considerada satisfatória pelos empresários, com aprovação de 61,88% dos entrevistados. Sobre a condição dos portos, aeroportos, ferrovias, rodovias, serviço de telefonia e infraestrutura urbana, a maioria dos entrevistados se disse insatisfeita.Em 17 anos em que realizamos essa pesquisa, é a primeira vez que somente uma dessas áreas é classificada como satisfatóriaâ€, afirmou o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Mauílio Schmitt. E ainda assim, muitos dos empresários fizeram questão de ressaltar de que, mesmo com um serviço satisfatório, as tarifas de energia ainda são muito elevadas e comprometem a competitividade das indústriasâ€, acrescentou o economista.
Para o presidente da Fiep, a melhoria da produtividade da mão-de-obra depende, em larga medida, de investimentos em educação. Infelizmente o governo não fez a sua parte no passado e agora, quando vivemos uma situação quase de pleno emprego e mesmo com o Sistema S fazendo a sua parte na capacitação profissional, enfrentemos dificuldades para encontrar mão de obra qualificadaâ€, disse Edson Campagnolo. Segundo ele, a expectativa é que em 2013 seja ampliado o número de pessoas capacitadas, especialmente pela expansão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), bancado pelo governo federal, com os cursos sendo oferecidos por instituições como o Senai.