Americana Briggs & Stratton compra a paranaense Caetano Branco
Líder nacional na venda de motores estacionários, motobombas de água e geradores, a Cia. Caetano Branco acaba de ser vendida para a americana Briggs & Stratton Corporation pelo valor de U$ 60 milhões. Para anunciar oficialmente a conclusão do processo de venda, iniciado há cerca de dois meses, junto aos funcionários e clientes da Branco, o vice-presidente e gerente geral internacional da Briggs & Stratton, Edward Wajda, está na Cia. Caetano Branco, em São José dos Pinhais (PR), nesta segunda-feira (10). Será uma transição lenta e gradualâ€, nas palavras da presidente da empresa, Denise Remor, que continuará no comando.
Nos próximos três meses, a equipe da Briggs & Stratton atuará nos setores de Recursos Humanos, Finanças, Contabilidade e Tributos da empresa. O esforço inicial será no sentido de adequar-se á s legislações e normas brasileiras. Ao mesmo tempo, será feito um estudo de mercado para definir quais novos produtos serão disponibilizados para a clientela brasileira. Segundo Denise, serão selecionados os produtos que atendam á s necessidades do mercado nacional e que, ao mesmo tempo, tenham preços competitivos. A unidade da Briggs no Brasil, atualmente localizada em Itajaí (SC), será transferida para a unidade da Cia. Caetano Branco, em São José dos Pinhais (PR).
Acabamos de saber que fomos recomendados para certificação da norma IS0-9001 no mesmo ano em que fomos destaque nos rankings Melhores do Agronegócio das revistas Globo Rural, Exame PME e Amanhá, e em que recebemos o Grand Prix do Top de Marketing da ADBV-PR e acabamos de receber o selo verde de destaque ambiental pelo Jornal do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Não poderia haver momento melhor para uma empresa ser vendidaâ€, conclui Denise Remor. Com a venda da Branco para a Briggs & Stratton, além de permanecer na presidência, Denise irá direcionar investimentos e esforços para a Magnetron, outra empresa de sua propriedade.
Durante o ano de 2013, os planos para a Magnetron incluem dobrar o atual faturamento da empresa, que neste ano atingiu a marca dos R$ 5 milhões mensais. A meta de alcançar faturamento mensal de R$ 10 milhões no ano que vem está relacionada ao lançamento de novos produtos para motocicletas de baixa cilindrada (até 150 cc) e na maior participação da marca no segmento de velas de ignição.
O plano de crescimento para a Magnetron foi feito em estreita sintonia com a realidade do mercado brasileiro de motocicletas, que cresceu mais de sete vezes na última década (entre 2012 e 2002), conforme dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Segundo a Abraciclo, a atual frota brasileira soma mais de 19,6 milhões de motocicletas. Efetivamente, regularizadas e rodando, são mais de 15 milhões de motocicletas. Considerando que é preciso trocar a vela desse veículo quatro vezes por ano, a estimativa de mercado, apenas para este componente, é de 60 milhões de velas anuais. Também de acordo com a Abraciclo, as motocicletas de baixo cilindrada – nicho atendido pela Magnetron – representam 88,6% da frota brasileira de motocicletas.
De olho nos indicadores do mercado, a Magnetron estuda o projeto de criar uma loja conceito em São Paulo para atendimento prioritário ao público feminino. De acordo com a Abraciclo, além do crescimento geral nas vendas de motocicletas, destaca-se a crescente participação das mulheres neste mercado. Elas já representam 25% dos condutores de motos no Brasil. በpreciso valorizar o papel destas mulheres e treinar equipes de mecá¢nicos e, especialmente mecá¢nicas, para melhor atender este públicoâ€, avalia Denise.
Treinamento e qualificação dos motociclistas estão entre as ações que a Magnetron pretende implementar em 2013. Está previsto o lançamento de um livro voltado para a formação e qualificação dos mecá¢nicos de motocicletas, visando a melhoria da qualidade na prestação dos serviços de reparos e manutenção. A Magnetron já está realizando pesquisas qualitativas entre as principais oficinas para motocicletas de Curitiba e São Paulo para identificar as principais necessidades de formação desses profissionais.
