Curitiba retoma capacidade de investimento

curitiba-arena.jpgApós três anos de queda, os recursos aplicados em investimentos em Curitiba voltaram a crescer, colocando a cidade com o melhor resultado apresentado em 2011 entre as capitais do Sul do País. Os dados são da oitava edição do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, lançado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) em parceria com a Aequus Consultoria. Uma das sedes da Copa do Mundo em 2014, Curitiba, com 1,7 milhão de habitantes, investiu em 2011, um montante da ordem de R$ 295,8 milhões frente ao valor de R$ 150,5 milhões aplicado no ano anterior, o que representou um crescimento da ordem de 96,5%. A previsão é de que os investimentos de preparação para o evento alcancem o patamar de R$ 400 milhões.Conforme o anuário, os municípios da região Sul aplicaram um valor total de R$ 6,4 bilhões em 2011, expansão de 6,7% em relação a 2010. Essa taxa de crescimento só foi inferior a do Sudeste. A liderança do ranking ficou com Porto Alegre, que investiu R$ 402,8 milhões, em 2011, contra os R$ 349,4 milhões aplicados no ano anterior, resultando em uma taxa de crescimento de 15,3%. Caxias do Sul, terceira colocada, registrou um aumento de 73,1%, somando um montante de R$ 253,4 milhões.

Outro destaque ficou para Ponta Grossa (PR) que entrou no grupo dos 10 maiores investidores da Região Sul após elevar seus gastos em 47,5%, resultando num investimento de R$ 72,1 milhões.

Conforme levantamento feito pela Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, em 2011, os investimentos realizados pelas cidades brasileiras registraram um aumento de 6,1% se comparados com o ano anterior, totalizando um montante da ordem de R$ 41,13 bilhões. Esse valor é o maior investido desde 2001.

Essa expansão dos investimentos foi influenciada pelo aumento dos recursos aplicados pela cidade do Rio de Janeiro, que desembolsou R$ 3,42 bilhões, valor quase duas vezes maior (98,5%) que o de 2010. Pela primeira vez, a capital carioca chegou ao topo do ranking dos investimentos efetuados pelos municípios brasileiros, posição até então ocupada pela cidade de São Paulo.

O anuário apontou também um crescimento expressivo em Curitiba (96,5%), Belém (65,7%) e Recife (37,6%), nos dois últimos os recursos atingiram um patamar recorde. Por outro lado, as maiores reduções nas capitais foram identificadas em Boa Vista (-72,3%), Porto Velho (-46,2%) e Salvador (-36,3%).

Já entre as cidades do interior selecionadas por Multi Cidades, o município piauiense de Parnaíba exibiu a maior taxa de crescimento, de 229,2%, ao elevar seus investimentos em mais de três vezes em 2011. Carapicuíba-SP (153,2%), São Gonçalo-RJ (134%), Rorainópolis-RR (126%) e Jaboatão dos Guararapes-PE (107,1%) também aumentaram os gastos em cerca de duas vezes.

Os municípios de menor porte populacional lideram o ranking per capita. Em primeiro lugar encontra-se a cidade goiana de Alto Horizonte, com um investimento de R$ 3.995,45 por habitante; seguida por São Gonçalo do Rio Abaixo-MG e Aratiba-RS, com R$ 3.192,46 e R$ 3.187,97, respectivamente.
Em sua oitava edição, o anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, idealizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) em parceria com a Aequus Consultoria, utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.

Soma

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