Empresários do setor industrial do Paraná estão otimistas para 2013

sondagem-industrial.jpgO empresariado do Paraná está otimista em relação a 2013. Segundo revelou a 17ª Pesquisa Sondagem Industrial divulgada nesta terça-feira (18) pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o nível de otimismo do industrial paranaense para o próximo ano é de 84,02%, acima dos 76,95% verificados para 2012.  Outros 11,86% acreditam que o ano que vem será desfavorável e apenas 4,12% têm expectativa indefinida.A pesquisa, finalizada em novembro deste ano, contou com a participação de 412 indústrias de todas as regiões do estado e de todos os tamanhos. Sob a ótica da estatística, este número confere uma representatividade da amostra de 95% de confiabilidade e uma margem de erro de 5%. Para o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, o aumento do otimismo da indústria paranaense se deve, em boa medida, ao desempenho do setor em 2012. Percebemos que a evolução tanto da produção quanto das vendas industriais paranaenses continua acima da média nacional. Apesar de também enfrentar dificuldades, a indústria paranaense ainda navega em águas um pouco mais tranquilas do que a de outros estados”, disse.

Além disso, Campagnolo afirmou que as medidas de estímulo á  indústria lançadas este ano pelo governo federal – como a desoneração da folha de pagamentos para vários setores – também ajudam a melhorar o otimismo do empresariado para 2013. Principalmente no segundo semestre, o governo anunciou diversas medidas. Algumas delas só começam a valer a partir de janeiro e existe a expectativa de que tragam bons resultados”, disse.

Entre os empresários otimistas, 41,19% informaram que  pretendem realizar investimentos em 2013. Já 40,09% pensam em aumentar as vendas e 18,71% afirmaram que vão elevar o número de  empregos. Do outro lado, entre os pessimistas, 55,84% não realizarão nenhum investimento, 22,08% acreditam que haverá redução nas vendas e 22,08% apostam na redução do emprego. Apesar da redução dos juros, 73,76% dos empresários paranaenses ouvidos na pesquisa disseram que utilizarão recursos próprios para fazer investimentos, enquanto que 51,73% pretendem contratar linhas de crédito governamental. Apenas uma empresa respondeu que pretende fazer joint-venture e outra vai emitir ações.

Segundo o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Mauílio Schmitt, os empresários apenas devem tomar financiamento quando for para ajudar no aumento da produção. Como ainda o custo do dinheiro continua elevado, é melhor que as empresas utilizem recursos próprios no momento de realizar novos investimentos”, justifica.

Quando observado o destino dos investimentos, a recomposição dos níveis de produtividade da mão-de-obra aparece em primeiro lugar, com 51,98% das opções dos empresários, e outros 49,75% pretendem investir na melhoria do processo produtivo. Este é um dos principais desafios que devem ser enfrentados em 2013. Segundo Mauílio Schmitt, a produtividade da mão-de-obra brasileira na indústria situa-se muito abaixo da dos países desenvolvidos e também abaixo das economias emergentes, os chamados BRICS.

Dentre os empresários ouvidos pela Fiep que apontaram aumento na produtividade em sua empresa em 2012, 50,99% o atribuíram ao ‘melhor gerenciamento de pessoal’. Outros 46,04% atribuíram esse fato á  â€˜modernização tecnológica’. Já 10,15% dos entrevistados apontam que não houve aumento de produtividade. Considerando os investimentos em máquinas, eles estão vinculados quase sempre á  â€˜utilização de máquinas e equipamentos modernos’ (79,46%) e devem-se á  previsão de continuidade na expansão do mercado doméstico.

De acordo com a pesquisa 50,52% dos empresários acreditam que vêm mantendo a sua competitividade. Outros 40,86% afirmam que se tornaram mais competitivos em 2012, e 8,88% perderam competitividade.

A realização da XVII Pesquisa Sondagem Industrial teve a parceria do Sebrae/PR. Para o gerente de gestão estratégica da instituição, Fábio Ono, a pesquisa é importante para a análise das expectativas também das micro e pequenas indústrias do Paraná. Essa pesquisa é um importante termômetro para o trabalho do Sebrae e observamos que para a pequena indústria, apesar das dificuldades, o cenário ainda é positivo”, afirmou.

Soma

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