Globalização leva Brics a enfrentar concorrência de novos emergentes

brics.pngApesar do fraco crescimento em 2012 e da perspectiva de incerteza econômica em muitos mercados em 2013, a globalização ainda cresce entre as 60 maiores economias, segundo estudo Looking beyond the obvious: globalization and new opportunities for growth, da Ernst & Young, que será lançado nesta quarta-feira (23), em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial.  O relatório se baseia em duas fontes: o Globalization Index da Ernst & Young, que mede as 60 principais economias do mundo no quesito globalização em relação ao PIB, e uma pesquisa sobre globalização com 750 executivos sêniores em todo o mundo, realizada no final de 2012.

Enquanto a maioria dos analistas acredita que o PIB mundial ficará entre 3% e 3,5% em 2013, com um aumento modesto nos anos seguintes, o índice sugere que a globalização avançará, impulsionada principalmente pela tecnologia e pelo fluxo transfronteiriço de ideias. O índice também destaca que a classificação melhorou nos últimos 12 meses para mercados de rápido crescimento, de médio porte, como Vietná, Malásia, Tailá¢ndia e Filipinas, assim como pequenos países europeus, incluindo Bélgica, Eslováquia e Hungria.

A globalização ainda define o nosso cenário de negócios com níveis crescentes de comércio transfronteiriço de capitais e integração de trabalho. Apesar do cenário econômico altamente volátil, a tendência para uma maior integração e uma cooperação mais estreita continua a superar a ameaça do protecionismo para a maioria dos mercados”, afirma Jim Turley, presidente e CEO da Ernst & Young.

No entanto, os entrevistados expressam preocupação por causa do fraco crescimento combinado com a crescente concorrência global que poderiam provocar mais protecionismo nos próximos 12 meses. Os entrevistados também apontaram especificamente para o desafio de operar em algumas economias do BRIC, por causa da desaceleração do crescimento nesses países. Como resultado, quase a metade dos entrevistados espera um aumento do protecionismo nos países do BRIC, assim como um aumento nos mercados desenvolvidos. Em contraste, os entrevistados enxergam um provável declínio no protecionismo em outros pequenos mercados de crescimento rápido.

O Globalization Index destaca que os mercados de rápido crescimento estão surgindo como destinos atraentes para os negócios globais, graças á  percepção de serem mais integrados globalmente em comércio, investimento, cultura e critérios tecnológicos do que os BRICs. Estes mercados também mostram consistente crescimento econômico próximo ao dos países líderes dos BRICs. Turquia, México e Indonésia devem chegar perto da China e da ándia em crescimento do PIB, no peíodo de 2000 a 2015. Peru, Colômbia, Venezuela, Malásia e Vietná, assim como vários países e regiões da áfrica, também ganham força como as regiões mais diná¢micas do mundo para investimentos. Os empresários de todas as regiões pretendem aumentar o investimento nestes mercados (82%); 4 entre 10 executivos esperam aumentá-lo em mais de 10%.

As grandes empresas estão adotando uma abordagem multi-mercado. Enquanto os BRICs recebem cíticas á s suas estratégias, os executivos também estão olhando de perto as oportunidades em mercados emergentes fora dos BRICs, onde eles estão observando melhorias na facilidade de fazer negócios, infraestrutura, políticas governamentais e produtividade do trabalho”, diz Turley.

De acordo com o estudo, a Zona do Euro ainda passará por uma estagnação em 2013, antes de engrenar um crescimento de apenas 1,3% ao ano em 2014-16. O número de desempregados deve atingir a marca de 20 milhões de pessoas ainda este ano.

O risco de a Grécia sair do bloco diminuiu, especialmente pelas ações tomadas pelo Banco Central Europeu, que afastaram as especulações de uma ruptura na zona euro. Houve também avanços significativos feitos por economias periféricas, como Irlanda e Espanha, por exemplo, que conseguiram um grande aumento de produtividade, ajudando a inverter as tendências negativas de competitividade.

Soma

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