Análise do perfil comportamental auxilia na retenção de talentos
A crise econômica que o país está enfrentando faz com que muitas empresas precisem adotar programas de demissões, muitas vezes desligamentos de grande número de colaboradores. Neste processo, as organizações correm o risco de perder profissionais essenciais para o bom desempenho de suas atividades. Para evitar que isso aconteça, a análise do perfil comportamental dos colaboradores tem sido indicada como ferramenta importante para auxiliar na retenção dos profissionais mais indispensáveis para cada função.
Uma das formas mais respeitadas de análise do perfil comportamental, utilizada especialmente em programas de Assessment e Coaching, é a que aponta quatro perfis principais: Executor, Comunicador, Planejador e Analista. A master coach Renata Frank, diretora da Integralidade Desenvolvimento Humano e Corporativo, especialista em análise comportamental, comenta que a observação das principais características de cada pessoa dentro de uma empresa é fundamental para que se tenha “a pessoa certa no lugar certo”. “Sem levar em conta o perfil de cada um, a empresa corre o risco de dispensar alguém fundamental em um momento tão delicado como o que estamos vivendo. Além disso, a empresa pode promover ou mudar de função pessoas que não deveriam sair de onde estão, porque são essenciais neste momento”, explica a especialista.
Renata Frank dá alguns exemplos de equívocos que são comuns no meio corporativo. “Ter um comunicador em um ambiente que o deixe isolado ou que não possibilite que ele demonstre sua capacidade de inovação pode desmotivar esse profissional. Por outro lado, é importante saber que, se o profissional é predominantemente analista, poderá ser menos ágil nas atividades, mas buscará total precisão no que fizer”, expõe. Por isso, especialmente em épocas de crise econômica, em que muitas empresas precisam “apertar os cintos”, é fundamental implementar uma política de Recursos Humanos que permita conhecer a fundo cada colaborador.
A master coach salienta que todas as pessoas possuem traços dos quatro perfis básicos, mas que cada indivíduo apresenta um perfil (ou combinação) predominante, em virtude de suas experiências de vida. Renata Frank também destaca que não é possível afirmar que determinado perfil é melhor ou pior que outro, pois isso depende da função, das atividades, do tipo de empresa e de inúmeras outras variáveis. “O executor pode ser excelente para atividades práticas e tomadas de decisão rápidas, e não tão bom para funções de planejamento detalhado. O comunicador pode ser um excelente articulador de equipes, mas pode não desempenhar bem funções que exijam cumprimento de prazos. É sempre importante lembrar que não podemos ser deterministas sem analisar a fundo o perfil de cada um”, conclui a especialista.
Para que a organização tenha o melhor resultado na aplicação desta metodologia “é importante planejar bem cada etapa de identificação, análise, devolutiva e desenvolvimento do colaborador ou equipe. O apoio de um profissional treinado e o uso de uma ferramenta comprovadamente eficaz só traz benefícios”, diz Renata Frank, tendo como base sua experiência em realizar Assessment para empresas e profissionais, bem como certificar analistas comportamentais nesta metodologia.