Dia do empreendedor: sobrevivência dos negócios depende de uma boa gestão financeira
Nesta terça-feira, 5 de outubro, é comemorado o Dia do Empreendedor. A data, é na verdade, uma homenagem à criação do Estatuto da Micro e pequena empresa. E mesmo em meio à crise econômica gerada pela pandemia, o empreendedorismo tem sido uma alternativa de renda para muitos trabalhadores que perderam seus empregos. Só no primeiro semestre deste ano, mais de dois milhões de micro e pequenos negócios foram criados, representando um crescimento de 30% em relação a igual período do ano passado.
Eu conversei com o CEO da Conta Azul, Vinícius Roveda (foto), e ele me disse que empreender no Brasil significa encarar uma grande complexidade tributária, fiscal e trabalhista. Por isso, 47% das pequenas empresas fecham antes de completar 5 anos de existência por não saberem como lidar com tudo isso. Roveda me explicou que o fundamental para a sobrevivência de um negócio é a gestão financeira, que pode ser feita através de um ERP, com um processo simplificado para desburocratizar fluxos e atividades rotineiras, como estoque, vendas, controlar clientes e fornecedores. Com isso, o empreendedor ganha tempo para as atividades que realmente são lucrativas para o seu negócio.
Organização é muito importante
O CEO da Conta Azul, que escolheu Curitiba para expandir seus negócios, destaca que a pandemia obrigou muitas pessoas a se virarem e optar por um negócio próprio. No entanto, é preciso começar de uma maneira organizada e investir em ferramentas de gestão. E se engana o microempresário que ainda pensa que as ferramentas de gestão são inacessíveis financeiramente para o seu negócio. Hoje, com apenas R$ 150 por mês é possível contar um bom sistema integrado de gestão.
Eu perguntei ao empresário se ele acredita que o número de microempresas e microempresários individuais continuará crescendo em ritmo acelerado, e a sua resposta foi positiva. Aliás, a Conta Azul está inaugurando uma sede física em Curitiba, com a proposta de apoiar micro e pequenas empresas na organização de suas rotinas financeiras. A fintech criada em Joinville em 2012 escolheu Curitiba para dar início a seu processo de regionalização por ter parcerias já consolidadas na cidade – que já foi considerada pela Endeavor uma das quatro melhores capitais do País para empreender e que também foi eleita a cidade mais empreendedora do Brasil, pelo Ranking Connected Smart Cities 2021.
Case de sucesso
E neste Dia do Empreendedor vale a pena lembrar como nasceu a Conta Azul. O ponto de partida da fintech foi o programa de aceleração de startups no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), quando o projeto foi selecionado pela 500 Startups, uma das mais importantes aceleradoras dos Estados Unidos. Os fundadores Vinícius Roveda, José Carlos Sardagna e João Zaratine mudaram-se para o Vale do Silício por uma temporada e, em 2012, a Conta Azul Pro foi lançada oficialmente para simplificar a gestão financeira das MPEs.
Os fundadores decidiram abrir a sede em Joinville, Santa Catarina. Em menos de 10 anos, a Conta Azul coleciona diversas conquistas em sua trajetória. Já foi listada entre as 10 empresas mais inovadoras da América Latina da revista Fast Company – pela inovação para aumentar a capacidade de vida das pequenas empresas. A fintech também chamou a atenção da equipe da revista Harvard Business Review, a mais conceituada revista de gestão do mundo, que escreveu sobre a cultura da Conta Azul – uma cultura que fomenta a alta performance, ao mesmo tempo em que gera um bom ambiente de trabalho. Hoje a empresa tem mais de 420 colaboradores.
História familiar
No caso de Vinícius Roveda, a história de empreendedorismo foi inspirada em sua avó, que começou com uma pequena loja na cidade de Soledade, no Rio Grande do Sul.
Roveda me contou que o negócio da avó cresceu até se tornar a maior loja do local. Porém, por não dispor de um sistema de controle e gerenciamento, acabou indo à falência, e ela terminou a vida pagando as dívidas da empresa.
Para que esse erro não se repetisse em ouros negócios, a Conta Azul foi criada. Por meio de um ERP em nuvem de gestão empresarial, a plataforma oferece um processo simplificado para desburocratizar fluxos e atividades rotineiras na gestão de micro e pequenas empresas. “Somos um ERP que conecta o dono do pequeno negócio a tudo o que ele precisa, a começar pela contabilidade, bancos, governo e outros aplicativos. Tudo em um só lugar, sem a complexidade dos processos operacionais”, explica o CEO da Conta Azul,
Roveda destaca que no Brasil se gasta, em média, oito vezes mais horas em burocracia do que a média mundial. “Com o ERP da Conta Azul, a burocracia é eliminada”, conclui.