Cargos de liderança representam menos de 0,5% das vagas preenchidas por pessoas com deficiência

Cargos de liderança representam menos de 0,5% das vagas preenchidas por pessoas com deficiência

Profissionais com deficiência ainda estão longe de ocupar os cargos de liderança nas empresas

De acordo com um levantamento da Talento Incluir – consultoria de diversidade e inclusão, pioneira no Brasil – os cargos de liderança nas empresas ainda estão bem distantes das pessoas com deficiência. Entre as empresas que abriram vagas específicas para profissionais com deficiência por meio da Talento Incluir, menos de 0,5% delas ofereciam oportunidades para cargos de liderança, sendo que dessas, 0,30% apresentavam salários acima de R$ 8.900,00.

Em 2022, do total das vagas preenchidas por pessoas com deficiência por meio da Talento Incluir, 82% foram para cargos de entrada, com salários médios de R$ 1.634,00 sendo, 17% para áreas operacionais e 22% para áreas comerciais e 61% em áreas administrativas das empresas contratantes.

Além de todos os desafios para a inclusão, as diferenças também acontecem na qualidade das contratações da pessoa com deficiência pelas empresas. O último relatório divulgado pelo IBGE em 2022, realizado com dados referentes a 2019, mostrou que a taxa de participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho era de 28,3%, enquanto a taxa das pessoas sem deficiências era de 66,3%. No período da análise, a diferença salarial desse público chegava a cerca de R$ 1.000,00 a menos que o rendimento médio das pessoas sem deficiência, que era de R$ 2.619.

No ano passado, o estudo “Pessoas com Deficiência e Empregabilidade”, liderado pela consultoria Noz Inteligência e que contou com a parceria da Talento Incluir, mostrou que 60% das pessoas com deficiência entrevistadas afirmaram que nunca foram promovidas, mesmo aquelas que tem ensino superior completo (53%) e está há mais de 10 anos na mesma empresa (45%).

Para a CEO da Talento Incluir, Katya Hemelrijk, o capacitismo é uma das principais barreiras que impedem o desenvolvimento de carreira da pessoa com deficiência, mesmo apesar de estar tecnicamente preparada para desempenhar cargos de liderança nas empresas.

“As empresas realmente focadas em aumentar a diversidade entre seus colaboradores precisam avançar nas ações que promovem a oferta de oportunidades e o desenvolvimento de carreira para a pessoa com deficiência para que possam chegar aos cargos de lideranças. Preencher vagas não é mais o maior desafio para as empresas. A inclusão produtiva deve ir além da contratação para desenvolver, acolher, manter e ampliar a diversidade de fato”, conclui a CEO da Talento Incluir, Katya Hemelrijk.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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