Recuperação judicial: uma opção atraente ou uma aposta arriscada para investidores?

Recuperação judicial: uma opção atraente ou uma aposta arriscada para investidores?

Segundo a Serasa Experian, apenas uma em cada quatro empresas consegue sobreviver após a recuperação judicial no Brasil

Com base em um recente levantamento da Serasa Experian, constata-se que apenas 25% das empresas brasileiras conseguem sobreviver após entrarem em processo de reestruturação financeira. Empresas como a Oi, Americanas e Saraiva, que estão passando por recuperação judicial e são negociadas na Bolsa de Valores, apresentam atraentes valores abaixo do mercado. No entanto, é importante considerar se investir em empresas nessa situação é uma oportunidade ou um risco.

Segundo Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial e Country Manager da Savel Capital Partners, investir em empresas em recuperação judicial pode ser visto como uma oportunidade de lucro, devido à queda significativa no valor de suas ações durante o processo de recuperação. Se a empresa se recuperar com sucesso, os investidores que entraram nessa fase podem obter retornos consideráveis. Exemplos internacionais, como a General Motors, Delta Airlines e Marvel, demonstraram que é possível sair da recuperação judicial e ter sucesso.

No entanto, é importante mencionar que, de acordo com a pesquisa da Serasa Experian, apenas uma em cada quatro empresas consegue sobreviver após a recuperação judicial no Brasil. Esse dado evidencia que investir nesse tipo de empresa carrega consigo um risco acima do normal, principalmente de falência. Durante o processo de recuperação judicial, as empresas tendem a vender ativos para reestruturar suas dívidas, o que significa que não voltam a ser as mesmas após saírem do processo.

Estratégias como avaliar a qualidade e viabilidade do plano, capacidade de execução, solidez da gestão, saúde financeira, competitividade no mercado, perspectivas de crescimento, capacidade de adaptação, reputação da empresa e aceitação do plano pelos credores são essenciais para o sucesso em sair da recuperação judicial. Além disso, uma análise da indústria e da situação econômica em que a empresa atua também é importante para determinar as perspectivas de uma recuperação judicial bem-sucedida.

Em um contexto mais amplo, Bravo destaca que 24% das novas empresas abertas acabam fechando antes de completar dois anos, chegando a 50% ao final de quatro anos, evidenciando a magnitude do problema. O especialista em crédito internacional ressalta que se pelo menos metade dessas empresas pudesse utilizar o crédito internacional, os resultados seriam mais promissores.

Acesso ao crédito internacional pode ser uma solução para enfrentar os desafios enfrentados pelas empresas em recuperação judicial, proporcionando-lhes recursos para reestruturação e crescimento.

Luciano, CEO da empresa de Inteligência Comercial, destaca que atualmente 24% das novas empresas abertas acabam fechando antes de completar dois anos de existência, e esse percentual chega a 50% ao final de quatro anos, evidenciando a magnitude do problema. “Se pelo menos metade dessas empresas pudesse utilizar o crédito internacional, os resultados seriam muito diferentes e mais promissores”, finaliza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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