Exportação de 39 aeronaves da Embraer reforça balança comercial brasileira com indústria de alta tecnologia

Exportação de 39 aeronaves da Embraer reforça balança comercial brasileira com indústria de alta tecnologia

Apoio do BNDES permitirá a produção e entrega de 67 aeronaves comerciais até 2025

A balança comercial do país ganhou reforço com a exportação de mais 39 aeronaves da Embraer com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). São três contratos distintos – com a Skywest Airlines, Inc, a American Airlines e a Azorra Aviation Holdings LLC – que somam o equivalente a mais de R$ 7 bilhões em exportação de bens de alta tecnologia e alto valor agregado. As operações terão financiamento no valor de cerca de R$ 6 bilhões do BNDES para a fabricante brasileira de aviões sediada em São José dos Campos.

Além de promover o desenvolvimento da indústria nacional de bens tecnológicos, as exportações de aeronaves ampliam e mantém empregos de elevada qualificação e geram divisas importantes para a economia do país. Trata-se de operações estratégicas alinhadas à política brasileira de apoio à exportação e estão inseridas em um esforço maior empreendido pelo Governo Federal de trazer mais competitividade às exportações brasileiras e incentivar a atuação das empresas nacionais no mercado internacional.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que o financiamento às exportações das aeronaves da Embraer é fundamental para o Brasil. “O BNDES, como agência de crédito à exportação brasileira, tem entre os seus objetivos, oferecer condições que garantam igualdade de competitividade ao exportador brasileiro no mercado internacional, gerando emprego e renda no Brasil”, pontuou.

“A Embraer e o BNDES têm uma relação sólida e de longo prazo. O apoio que recebemos para a exportação de nossas aeronaves é fundamental para consolidarmos o nosso crescimento e ampliarmos a nossa presença global. A atuação do Banco não beneficia apenas a Embraer, mas contribui também para a geração de milhares de empregos de alta qualificação no Brasil e para o aumento da exportação de produtos de alto valor agregado”, afirma Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer.

Somente esse ano, o Banco já aprovou e contratou sete operações de financiamento à exportação da empresa, totalizando 67 aviões comerciais (até R$ 10 bi em financiamento) com entregas previstas até 2025.

O contrato com a companhia aérea SkyWest Airlines, Inc, permitirá a exportação de 10 jatos E-175 da Embraer modelo E-175 (até 76 passageiros). Já a American Airlines teve financiamento aprovado pelo BNDES para a aquisição de até 11 jatos E-175.

Novos modelos

Os jatos E-195-E2 (de até 146 lugares) e E-190-E2 (de até 114 lugares) são as maiores e mais sofisticadas aeronaves da fabricante brasileira. A venda de até 18 jatos dos dois modelos foi firmada com a empresa norte-americana Azorra Aviation Holdings LLC, especializada em aquisição e leasing de aeronaves para a operação de companhias aéreas comerciais..

Apoio histórico

Desde 1997, ano do primeiro apoio do BNDES à Embraer, o Banco financiou cerca de US$ 25,6 bilhões à exportação e 1.300 aeronaves da fabricante. No período, as operações contratadas possibilitaram à empresa concorrer no mercado internacional em igualdade de condições com suas concorrentes. O apoio do Banco complementa o financiamento provido pelo mercado privado.

“Este ano foi o melhor dos últimos dez em aprovações de financiamento às exportações da Embraer”, ressaltou o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon. Ele lembrou que, desde a pandemia de Covid-19, o setor enfrentou impactos substanciais, com redução significativa na aquisição de novas aeronaves e redução da oferta de crédito internacional. “Neste cenário, ao oferecer previsibilidade com os financiamentos à exportação e impulsionar a retomada de vendas da empresa, o BNDES desempenha seu papel estratégico na agenda de neoindustrialização do Governo Federal”, completou.

Seguro de Crédito à Exportação

Das três operações recém aprovadas, duas (American Airlines e Azorra) contaram com o Seguro de Crédito à Exportação (SCE) com lastro no Fundo Garantidor de Exportação (FGE) e recolherão aproximadamente R$ 300 milhões em novos prêmios de seguro para o fundo. De natureza contábil e vinculado ao Ministério da Fazenda, o FGE tem como finalidade dar cobertura às garantias prestadas pela União nas operações do SCE.

O seguro garante as operações de crédito à exportação contra os riscos comerciais (não pagamento por falência ou mora), políticos (moratórias, guerras, revoluções entre outros) e extraordinários (desastres naturais) que possam afetar a produção ou a comercialização de bens e serviços brasileiros no exterior.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *