Capitais registram aumento e novo recorde no preço do aluguel no início do ano
Curitiba teve a maior variação anual do preço do aluguel por metro quadrado.
Com a alta temporada, SP, Rio, BH, Curitiba, Brasília e Porto Alegre tiveram em janeiro o maior valor do metro quadrado de toda a série histórica
Com o início da alta temporada, um novo aumento e mais um recorde no preço do aluguel. É o que revela o Índice QuintoAndar Imovelweb, divulgado hoje. Em janeiro, todas as cidades pesquisadas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Porto Alegre) tiveram uma alta no valor médio do metro quadrado e chegaram ao maior patamar desde o início da série histórica, em 2019.
Em São Paulo, o valor ultrapassou a marca dos R$ 60 pela primeira vez. O preço médio na cidade fechou em R$ 60,77 – alta mensal de 1,59%, uma das maiores já verificadas.
As altas mensais foram expressivas também nas outras capitais. Em Belo Horizonte, o crescimento foi de 0,8%. No Rio, a alta ficou em 1,63% e em Porto Alegre, 1,92%. Em Curitiba, o aumento de dezembro para janeiro foi de 2,23%. E, em Brasília, a alta de um mês para outro foi a maior da série histórica: 3,33%.
“Esse movimento era esperado em razão da alta demanda no início do ano. E o mercado está bastante aquecido nas principais capitais do país. O alento é que em boa parte das cidades houve um aumento no percentual de desconto concedido em janeiro, o que indica que, apesar dos preços elevados, há espaço para negociar”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.
Preços em alta (valores do m² em cada cidade e as respectivas variações)
Cidades | Valor M2 | Variação mensal | |
São Paulo | R$ 60,77 | 1,59% | 10,14% |
Rio de Janeiro | R$ 38,95 | 1,63% | 17,51% |
Belo Horizonte | R$ 34,00 | 0,8% | 19,82% |
Curitiba | R$ 37,24 | 2,23% | 22,21% |
Porto Alegre | R$ 32,74 | 1,92% | 13,35% |
Brasília | R$ 44,59 | 3,33% | 12,46% |
Descontos nas negociações
O percentual de desconto médio concedido no mês passado subiu em Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Em São Paulo, ele caiu apenas 0,1 ponto percentual.
Em Porto Alegre, os descontos médios chegaram a 3,8%. “Apesar de recorde atrás de recorde nos preços, a notícia boa para os inquilinos é que ainda existe margem para barganhar. Por isso é essencial se preparar para negociar o melhor preço: pesquisar no bairro, apurar o valor cobrado em imóveis similares no mesmo condomínio, fazer esse trabalho minucioso para que o valor, no fim, caiba no bolso.”
Bairros mais caros
O top 5 de bairros mais caros abriga duas localidades do Rio, duas de São Paulo e uma de Brasília.
A lista:
- Leblon (Rio) – R$ 105,0
- Vila Olímpia (SP) – R$ 96,2
- Setor de Clubes Esportivos Sul (Brasília) – R$ 90,7
- Ipanema (Rio) – R$ 90,6
- Brooklin (SP) – R$ 85,2
Perspectivas
“O baixo estoque de imóveis disponíveis nas grandes cidades, aliado à alta temporada do aluguel em janeiro, fevereiro e março, deve manter o mercado bastante aquecido no início deste ano. Com o ciclo de redução da taxa Selic, o mercado deve ser impactado positivamente (e paulatinamente) nas transações de compra e venda de imóveis também”, afirma Thiago Reis.