Número de lojas virtuais aumenta 16,5%, alcançando mais de 1,9 milhão em 2023

Número de lojas virtuais aumenta 16,5%, alcançando mais de 1,9 milhão em 2023

Dos 23 milhões de sites no Brasil, apenas 8% representam o varejo online

O setor de e-commerce no Brasil apresentou um crescimento forte em relação ao ano anterior. O número de lojas virtuais também aumentou em 17%, chegando a mais de 1,9 milhão. Os dados são da nova edição da “Perfil do E-Commerce Brasileiro“, pesquisa anual realizada pela BigDataCorp, principal empresa de dados da América Latina, que avalia o cenário do comércio eletrônico no país. A pesquisa foi realizada em 2024, com base em uma amostra de mais de 23 milhões de sites brasileiros.

“A décima edição do ‘Perfil do E-Commerce Brasileiro’ revela que o comércio eletrônico no Brasil segue em alta, mesmo com a retomada das atividades presenciais. O setor se consolidou como uma opção conveniente, segura e diversificada para os consumidores, oferecendo uma variedade de produtos, serviços e formas de pagamento. A pesquisa também mostra que o e-commerce brasileiro está cada vez mais democrático, atendendo a diferentes públicos e regiões”, afirma Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp.

A pesquisa aponta um crescimento significativo nas empresas de pequeno porte, aquelas que têm um faturamento anual de até R$ 5 milhões. Esse aumento veio junto com uma queda na parcela de empresas que têm faturamento mais elevado, que hoje totalizam apenas 2.7% do total. O estudo “Perfil do E-Commerce Brasileiro” destaca também uma redução na integração dos canais de venda físicos: a proporção de e-commerces que possuem loja física caiu para 16,5%, contra cerca de 19% em 2022. Os marketplaces, por outro lado, seguem cada vez mais relevantes. O número de e-commerces presentes em pelo menos um marketplace teve um aumento de 61% nos últimos 2 anos, saltando de 14.8% para 23.8%.

Ainda para o especialista, a pesquisa evidencia um cenário promissor para o comércio eletrônico no Brasil. “Esse aumento reflete a resiliência e adaptação do setor em um contexto pós-pandemia. Interessantemente, pequenos negócios estão ganhando destaque, o que mostra uma democratização do e-commerce. A queda na integração com lojas físicas e o aumento significativo em marketplaces realçam a eficácia do comércio eletrônico.” comenta.

Nas lojas online são oferecidos, principalmente, produtos e serviços com preço menor do que R$ 100 (72,3%). Já itens com valores acima de R$ 1 mil tiveram uma queda acentuada de 2022 a 2023 (20,5% vs. 15%). Uma grande parcela dos e-commerces (68,4%), possuem uma variedade de até 10 produtos à disposição do consumidor.

Perfil das Empresas

O estudo apontou que 73,5% dos e-commerces são familiares, e que 86% deles tem menos de 10 funcionários. 45,7% são na verdade empresas individuais, nas quais apenas o empreendedor trabalha. A grande maioria das companhias nunca sofreu um processo por falha no atendimento ao cliente, mas 13,6% delas já passaram por essa experiência, reforçando a importância do cliente investigar a reputação da empresa antes de realizar uma compra.

A preocupação com segurança contra fraudes bateu recorde alta para os empreendedores: 89% utilizam certificados SSL (Secure Sockets Layer), camada de segurança que criptografa os dados transacionados entre consumidor e loja online. Houve um grande aumento na adesão da ferramenta desde 2016 (73,8% vs 89,3% em 2023). Os lojistas também têm investido mais no uso de tecnologia para melhorar a experiência do cliente: 65,8% aceitam carteiras digitais como pagamento.
Confira, a seguir, outros destaques do estudo deste ano:

  • Os e-commerces representam apenas 8% em relação aos demais tipos de websites no Brasil;
  • Cerca de 75,6% das lojas online contam com mídias sociais. Embora o Facebook ainda seja a rede mais utilizada, o TikTok vem rapidamente ganhando espaço. Em 2021, estava presente em 1.2% das lojas, e hoje já está em 14%;
  • O mercado de plataformas de construção de sites segue em consolidação. A quantidade de opções disponíveis para os empreendedores caiu de mais de 200 em 2022 para 195 neste ano;
  • Acessibilidade digital continua sendo um grande problema, apesar de um avanço significativo. Em 2022, apenas 0.06% das lojas eram aprovadas em todos os testes de acessibilidade, número que subiu para 1,3% em 2023.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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