Mercado da moda deve se planejar para evitar perdas

Mercado da moda deve se planejar para evitar perdas

Indústria têxtil e varejo devem ficar atentos para um inverno com mais variações de temperatura

As mudanças climáticas têm impactado diversos setores da economia e a indústria da moda é um exemplo dessa influência. O efeito das variações do clima nas estações do ano tem levado a indústria têxtil e o varejo a reavaliarem estratégias de produção e comercialização de produtos. Segundo a Nottus Meteorologia, empresa especializada em inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios, ao orientar suas decisões por meio de previsões de longo prazo para as estações do ano, o setor da moda tem condições de antecipar o planejamento de coleções, realizar investimentos adequados, prevenir perdas e impulsionar vendas.

Desirée Brandt, sócia-executiva e meteorologista da Nottus, antecipa as expectativas para o inverno de 2024. “O último relatório do NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos) indica uma neutralidade climática. Não há previsão de inverno rigoroso, mas a estação promete ter mais episódios de frio se compararmos com o inverno do ano passado. Essas quedas mais acentuadas na temperatura serão intercaladas por períodos não tão frios, o que leva o varejista a ter de se planejar a cada onda de frio que for prevista”, afirma.

Influência do clima nas vendas

Estudos indicam que as vendas de vestuário e calçados são altamente influenciadas por variações na temperatura e nas condições meteorológicas. Segundo pesquisa do IEMI (Inteligência de Mercado), o período da coleção Outono/Inverno responde por cerca de 41% das vendas do varejo nacional. “Em 2023, o inverno mais fraco derrubou as vendas dos varejistas de moda. A previsão antecipada do inverno, por exemplo, possibilita que as empresas assegurem preços mais vantajosos. De maneira semelhante, o atraso na chegada do frio força os lojistas a realizarem liquidações e oferecer descontos adicionais”, destaca a executiva.

Tanto a indústria quanto o varejo podem integrar as previsões meteorológicas em seus planos de negócios e estratégias de marketing e vendas. Destacar os tecidos e roupas mais adequados para as condições climáticas previstas pode influenciar significativamente a maneira como os produtos são anunciados e promovidos no mercado.

Capacidade de adaptação

“Caso a previsão aponte para um inverno rigoroso, a busca por tecidos mais pesados e isolantes pode aumentar, permitindo que, desde as fábricas até as redes de lojas, ajustem suas linhas de produção e investimentos para atender às demandas específicas de um clima mais severo. Por outro lado, em anos com invernos mais brandos, o setor pode reduzir investimentos em produtos específicos e evitar excessos e perdas no estoque”, avalia a meteorologista da Nottus. Segundo ela, essa capacidade de adaptação, baseada em previsões climáticas, torna-se crucial para a sustentabilidade econômica do mercado da moda.

“Embora seja impossível controlar completamente as condições climáticas, receber informações precisas sobre o clima futuro passa a ser um diferencial estratégico. Em um cenário em que a incerteza climática é uma constante, a consultoria meteorológica emerge como uma poderosa aliança para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças no clima e assegurar a rentabilidade de empresas do mundo da moda”, conclui a executiva da Nottus.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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