Adesão automática à previdência complementar pode ajudar na aposentadoria
Após a aprovação da resolução MPS 60, de 7 de fevereiro, do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), os trabalhadores do setor privado e os servidores públicos ganharão duas formas de aderir ao plano de previdência complementar fechada, sendo a opção convencional ou automática. De acordo com o professor de ciências econômicas da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, João Matos, o fundo pode ser uma renda extra para o futuro.
“Quando o funcionário público é contratado, o valor da aposentadoria será limitado ao valor da previdência social. Com a reforma trabalhista de 2019, as pessoas que recebem um salário maior do que o teto do INSS, passaram a buscar por outras alternativas que possam complementar a renda”, relembra.
Segundo o professor, em um primeiro momento, o trabalhador será vinculado ao plano complementar de forma automática. Ele também ressalta um ponto positivo do investimento para o planejamento financeiro a longo prazo. “O fundo é vantajoso porque a cada R$ 1,00 colocado na reserva, o órgão governamental vai depositar uma outra parte que contará para o futuro. Claro que isso vai ter um limite, que gira em torno de 8,5% da renda. Antigamente, a adesão ao serviço não era automática e o funcionário tinha que solicitar. Hoje, o colaborador admitido no concurso público, terá adesão automática”, explica.
Apesar da facilidade em acessar o serviço, Matos esclarece alguns pontos aos interessados em não aderir a opção de investimento. “Isso não significa que o beneficiário não possa sair do plano. De acordo com o tempo determinado, em até 120 dias após a contratação, ele poderá solicitar o desligamento da previdência complementar. O funcionário poderá sacar o valor conforme as regras estabelecidas, que informam o prazo de até 60 dias, após a desistência”, conclui.