Dólar volta a subir e é cotado a R$ 5,25

Dólar volta a subir e é cotado a R$ 5,25

Bolsa tem pequena reação após seis pregões seguidos de queda

O dólar voltou a valorizar em relação ao real nesta quinta-feira (18), em dia marcado pelo fortalecimento da moeda no mercado externo. O Ibovespa, após seis pregões de queda, registrou pequena reação, fechando o pregão com alta de  0,02%.

A moeda norte-americana no mercado à vista foi cotada no fechamento a R$ 5,2502, um avanço de 0,12% em relação ao dia anterior, tendo atingindo a cotação máxima de R$ 5,2784 e mínima de R$ 5,2293. Somente essa semana, a divisa apresentou avanço de 2,52%, acumulando  em abril valorização de 4,68%.

Os ruídos políticos locais e a percepção de desidratação prematura do novo arcabouço fiscal seguem como pano de fundo para a busca de proteção cambial. A fala do presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, que disse que a situação sólida da economia dos EUA significa que não há motivos urgentes para reduzir os juros no momento, impactaram o mercado.

Segundo Williams, “definitivamente, não sinto urgência em reduzir os juros, dada a atual solidez da economia. Temos uma economia forte, queremos uma economia forte, e isso tudo é uma ótima notícia; mas isso também significa que os juros que temos não causaram uma desaceleração excessiva da economia, o que justifica a manutenção da estabilidade enquanto se trabalha para trazer a inflação de volta à meta de 2%.” Para ele, só com inflação baixa e controlada é possível “ter prosperidade”.

Cautela

Do lado brasileiro, em entrevista coletiva ao lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou é “preciso cautela nos próximos dias e semanas, porque haverá um reposicionamento global” com as mudanças das expectativas para os juros nos EUA. Já Campos Neto disse que o BC decidiu abandonar o “foward guidance” da política monetária, que previa novo corte da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual em maio, porque “a visibilidade é menor”.

Ambos participaram de encontro do G20 Brasil, que ocorreu em paralelo às reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. Segundo o presidente do BC, o fortalecimento global do dólar pode impor necessidade de reação de alguns banqueiros centrais. O Brasil estaria em uma situação melhor, em razão dos fundamentos externos positivo, com superávits comerciais robustos.

Campos Neto voltou a dizer que o Banco Central não interfere no mercado de câmbio para combater uma mudança estrutural, que tem fundamento, como o caso da percepção de que os juros dos EUA terão de ficar mais altos por mais tempo.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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