Estudo aponta caminho para avançar além do acesso à saúde financeira
Brasil se destaca na América Latina por estar em um estágio de crescente inclusão financeira
O Nubank e a Mastercard divulgaram nesta quinta-feira (18) resultados de um estudo que mede o impacto da inclusão financeira em pessoas físicas, incluindo algumas que historicamente estão à margem do sistema bancário tradicional no Brasil. O estudo fornece uma visão das experiências dos clientes ao acessar e usar soluções e ferramentas financeiras, e o impacto dessas experiências em sua capacidade de avançar em direção à segurança e à saúde financeiras. A estrutura de quatro partes usada no estudo – acesso, uso, segurança, saúde – ilustra a jornada holística e não linear da inclusão financeira. Embora o estudo tenha sido desenvolvido no Brasil, a metodologia permite que os insights sejam potencialmente aplicados em outros países ao redor do mundo.
O estudo, que analisou comportamentos e necessidades dos consumidores por meio de dados quantitativos anonimizados e agregados e pesquisas qualitativas com clientes e não clientes do Nubank, sugere que o Brasil se destaca na América Latina por estar em um estágio de crescente inclusão financeira, com 70% de penetração de cartões (ou seja, pessoas físicas que possuem cartão de débito ou crédito, segundo o Global Findex do Banco Mundial), 55% de uso do cartão e um alto nível de uso de pagamentos em tempo real. A eliminação de barreiras típicas de infraestrutura para inclusão financeira torna o Brasil um mercado vantajoso para estudar o processo e o impacto da inclusão financeira, independentemente dessas barreiras.
Acesso a serviços
Os dados revelaram que proporcionar às populações desbancarizadas e sub-bancarizadas (ou seja, aquelas que não têm acesso ao crédito e dependem fortemente de dinheiro) acesso a serviços financeiros pode potencialmente gerar um impacto econômico e social significativo. Sessenta por cento dos clientes do Nubank passaram do acesso financeiro para o uso em 24 meses, e 40% em 12 meses, independentemente do nível de renda.
O estudo também sugere que fazer pagamentos com cartões pré-pagos pode ser um trampolim para acessar produtos financeiros avançados. Mais de três quartos (80%) das pessoas que usaram um cartão pré-pago o usaram como seu primeiro produto financeiro, 67% passaram a acessar produtos de empréstimo, e 36% progrediram para fazer investimentos.
Embora as barreiras ao acesso permaneçam, é essencial que aqueles que têm acesso possam colher todos os benefícios de suas contas financeiras. No Brasil, 84% dos adultos têm acesso a contas financeiras, mas pode faltar educação financeira para avançar na jornada de inclusão. O uso ativo de produtos financeiros também pode aumentar a familiaridade e a confiança, levando à inclusão financeira acelerada.
Educação financeira
“Desde a fundação do Nubank, a educação financeira sempre foi um dos nossos pilares e também está presente no design dos nossos produtos e serviços para capacitar os consumidores a tomarem as melhores decisões para suas vidas e a terem controle sobre seu dinheiro”, afirma Cristina Junqueira, cofundadora e Chief Growth Officer do Nubank. “Embora o acesso a serviços financeiros por si só tenha tido um grande impacto, avançar na jornada de alfabetização sobre esses temas traz benefícios maiores e mais sustentáveis não apenas para os indivíduos, mas para a comunidade como um todo.”
Fornecer ferramentas de pagamento digital acompanhadas de educação financeira (por exemplo, de acordo com o Nubank, suas “Caixas de Dinheiro” são projetadas para oferecer planejamento financeiro em combinação com contas poupança com juros), incentivar o uso responsável do crédito e investir em micro, pequenas e médias empresas podem ser maneiras fundamentais de trazer mais pessoas para a economia digital e ajudar a acelerar sua jornada no longo prazo rumo a saúde financeira sustentável. Ao aplicar os resultados deste estudo, soluções inovadoras podem ser projetadas e implantadas com o potencial de capacitar pessoas e desenvolver a economia do Brasil e de outros países.
“A jornada para a segurança e a saúde financeiras é não linear e cheia de obstáculos – a única maneira de acelerar essa jornada é entender as barreiras e, em seguida, desenvolver e implementar soluções digitais inclusivas”, disse Marcelo Tangioni, presidente da divisão Brasil da Mastercard. “Por meio deste estudo, temos evidências claras de que o uso frequente, consistente e responsável de ferramentas de pagamento digital é fundamental para construir confiança e colocar as pessoas no caminho de uma saúde financeira mais sustentável.”