Foi contemplado em 2023? Descubra como declarar o consórcio no IRPF

Foi contemplado em 2023? Descubra como declarar o consórcio no IRPF

Especialista explica como deve ser o procedimento com a Receita Federal

Segundo dados divulgados pela Receita Federal, até a última quarta-feira (17), cerca de 15 milhões de declarações já foram entregues. A expectativa do Governo é que, ao todo, sejam computadas 43 milhões até o fim do prazo, no dia 31 de maio. Para reduzir riscos e não cair na malha fina, o brasileiro deve estar a par dos requerimentos e especificidades exigidos pela Receita, principalmente quanto àquelas contas voltadas para o consórcio.

A modalidade de compra movimentou mais de R$ 316,7 bilhões no ano passado, um crescimento de 25,6% em relação a 2022, um recorde de acordo com Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Já no primeiro bimestre de 2024, houve um aumento de 20,1% na venda de consórcio de imóveis em relação ao mesmo período de 2023.

O movimento está ligado à queda de 10,75% da taxa Selic, tornando-se uma opção de investimento mais viável para quem busca um consórcio. Diante deste fato, o consumidor, que está em busca de um carro, moto, imóvel ou outro bem com valor acima de R$5.000, precisa declarar o pagamento no IR em uma ficha específica, mesmo que este não tenha sido contemplado ainda. Entenda, abaixo, o passo a passo na hora de declarar o imposto.

Flávio Augusto Menezes, contador e gerente de controladoria da Multimarcas Consórcios, explica o processo ao declarar a aquisição de um bem por essa modalidade: “Existem códigos específicos para cada situação, e no caso da aquisição de um bem, é necessário declarar tanto o consórcio quanto o próprio bem móvel ou imóvel adquirido, especificando se a quitação foi total ou parcial. Portanto, no campo do ‘Valor’, tanto em 31/12/2022 quanto em 31/12/2023, deve-se informar o montante pago pelo bem ou direito até aquele momento, e não o seu valor de mercado atual”.

O especialista sinaliza que o contribuinte deve estar atento quando for preencher os dados da declaração: “Ao declarar o imposto de renda, o contribuinte deve incluir informações como o nome da administradora, tipo do bem, número de parcelas, valor da carta de crédito e parcelas pagas”.

Se  foi contemplado

É preciso ir à ficha “Bens e Direitos” e escolher o “Grupo 99 – Outros Bens e Direitos, selecionando o código 05 – Consórcio não contemplado”, mesmo que já tenha sido contemplado. Caso o bem tenha sido recebido em 2023, o contribuinte precisa “zerar” a ficha de consórcio informada anteriormente e abrir uma nova, para informar o imóvel adquirido, a partir da carta de crédito.

Se  foi contratado e contemplado

Se o consórcio foi contratado em 2023 e contemplado no mesmo ano, o contribuinte deve abrir uma nova ficha “Bens e Direitos”, grupo “99 – Outros Bens e Direitos”, sob o código “05 – Consórcio não contemplado” para o consórcio e depois uma segunda para informar o bem adquirido.

Em resumo, declarar o Imposto de Renda é uma obrigação fiscal fundamental e benéfica ao contribuinte, enquanto a falta de declaração pode resultar em uma série de complicações e restrições. “Declarar o consórcio é de extrema importância para justificar a origem do dinheiro para a Receita Federal, especialmente quando for contemplado”, explica o especialista Fernando Lamounier, diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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