Produção industrial recua em 5 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE

Produção industrial recua em 5 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE

Cinco dos 15 locais investigados pela Pesquisa Indústria Mensal (PIM) Regional recuaram na passagem de janeiro para fevereiro, quando a produção nacional do país caiu 0,3%. As maiores quedas foram registradas no Mato Grosso (-3,3%), Goiás (-2,4%) e Pará (-2,2%). Na comparação com fevereiro do ano passado, houve avanço em 16 dos 18 locais analisados, sendo as maiores variações registradas no Rio Grande do Norte (67,3%), Rio Grande do Sul (18,3%), Amazonas (17,2%) e Ceará (14,3%). No acumulado do ano, a indústria expandiu 4,3%, com resultados positivos em todos os dezoito locais pesquisados. No acumulado em 12 meses, a indústria variou 1,0%, com taxas positivas em doze locais. Os dados foram divulgados hoje (9) pelo IBGE.

“Observamos dentro da conjuntura que mesmo com a política monetária mais expansionista, com cortes seguidos na taxa de juros, ela ainda está em patamares elevados. Isso recai diretamente na cadeia produtiva quando analisamos o nível de investimento ainda aquém do que seria implementado dentro da indústria”, explica Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.

O analista também comentou sobre o Estado de São Paulo, o de maior impacto negativo na pesquisa. “Também observamos o estado de São Paulo como o de maior influência negativa sobre o resultado nacional com um recuo de 0.5%. O setor de derivados do petróleo foi o que mais influenciou negativamente no comportamento da indústria paulista, seguido pelo setor de alimentos e de produtos químicos”, completou Almeida.

Maiores expansões

Por outro lado, Rio Grande do Sul (9,4%), Amazonas (7,3%) e Espírito Santo (5,9%) mostraram as expansões mais acentuadas nesse mês, com o primeiro eliminando a queda de 5,7% verificada em janeiro de 2024. Ceará (5,2%), Pernambuco (5,2%), Rio de Janeiro (2,0%), Bahia (1,8%), Região Nordeste (1,6%), Minas Gerais (0,9%) e Paraná (0,6%) assinalaram os demais resultados positivos em fevereiro de 2024.

Com relação ao índice de média móvel trimestral, a indústria apresentou variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024 frente ao mês anterior, interrompendo a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2023. Cinco dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para o Pará (-1,6%) e Goiás (-1,1%). Por outro lado, Amazonas (10,4%), Pernambuco (5,6%), Ceará (3,4%), Região Nordeste (2,3%), Rio Grande do Sul (1,9%) e Minas Gerais (1,0%) mostraram avanços neste mês de fevereiro.

O analista também observou um ganho de ritmo na produção industrial com relação aos resultados anteriores à pandemia. “Em fevereiro de 2024, encontramos nove locais acima do patamar pré-pandemia: Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo”, completou Almeida.

Indústria cresce em 16 locais em relação a fevereiro de 2023

A produção industrial do país cresceu 5,0% na comparação com fevereiro do ano passado, com avanço em 16 dos 18 locais analisados pela PIM Regional. Rio Grande do Norte (67,3%), Rio Grande do Sul (18,3%), Amazonas (17,2%) e Ceará (14,3%) registraram as maiores variações.

“O número do Rio Grande do Norte é bastante expressivo e pode ser explicado pela baixa base de comparação que temos para este estado. Isso aliado ao setor de derivados, foi o que mais influenciou esse crescimento da indústria potiguar, principalmente com aumento na produção de óleo diesel e gasolina automotiva”, explica Bernardo Almeida.

Espírito Santo (10,5%), Goiás (10,4%), Rio de Janeiro (10,2%), Mato Grosso do Sul (9,4%), Mato Grosso (9,2%), Santa Catarina (6,6%), Bahia (6,1%), Pernambuco (5,3%) e Minas Gerais (5,2%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (5,0%), enquanto Paraná (4,7%), São Paulo (4,6%) e Região Nordeste (2,8%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção em de fevereiro de 2024. Por outro lado, Maranhão (-0,5%) e Pará (-0,1%) assinalaram os recuos nesse mês.

No ano, indústria cresce em todos os locais pesquisados  

A produção industrial do país expandiu 4,3% frente a igual período do ano anterior, com resultados positivos em todos os dezoito locais pesquisados. Rio Grande do Norte (71,5%), Amazonas (14,0%) e Goiás (10,4%) assinalaram avanços de dois dígitos e os mais acentuados no índice acumulado para os dois primeiros meses do ano.

Outros estados como Ceará (8,8%), Rio de Janeiro (8,7%), Mato Grosso (8,7%), Bahia (7,1%), Santa Catarina (6,6%), Espírito Santo (6,2%), Rio Grande do Sul (6,2%), Mato Grosso do Sul (6,0%), Minas Gerais (5,8%) e São Paulo (4,8%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (4,3%), enquanto Paraná (4,0%), Pernambuco (3,2%), Pará (2,6%), Região Nordeste (2,3%) e Maranhão (1,7%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano.

“Conseguimos explicar este aumento em todos os 18 locais pelo aumento no ritmo de produção em relação ao mesmo período do ano anterior e também temos uma baixa base de comparação do ano passado com relação a este momento”, explicou Almeida.

Crédito da foto: José Paulo Lacerda/CNI

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *