Setor de embalagens de papel e papelão eleva estimativas de crescimento para 2024

Setor de embalagens de papel e papelão eleva estimativas de crescimento para 2024

O novo intervalo de crescimento, calculado pela FGV/Ibre é de 2,8% em cenário moderado

A última prévia dos indicadores da Empapel sinaliza que o Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO) avançou 11,1% em fevereiro de 2024, em relação ao mesmo mês de 2023. É uma aceleração do crescimento. Em janeiro de 2024, na comparação com janeiro de 2023, a alta foi de 5,3%; e entre os meses de dezembro de 2023 e dezembro de 2024 houve alta de 4,1%. Os dados são da FGV/IBRE.

O ano de 2023 se encerrou com 4.026.317 toneladas de produção, alta de 1% em relação a 2022, enquanto para 2024 a FGV IBRE projeta crescimento de 2,8%, no cenário moderado, para 4.139.292 toneladas. Neste mesmo cenário moderado, o resultado por dia útil previsto para o corrente ano é de 13.616 toneladas, 2,1% superior a 2023 (13.332 toneladas).

Considerando a produção em metros quadrados (m²), a expedição projetada pela FGV IBRE para 2024 é de 8.052.567 mil m², uma alta de 2,9% em relação a 2023, também no cenário moderado. Por dia útil, a alta deve ser de 2,2%, igualmente no cenário moderado, passando de 25.908 mil m² para 26.489 mil m².

As altas sequenciais citadas nos últimos três meses – de 4,1%, 5,3% e, agora, em fevereiro, de 11,1%, em toneladas – mostram uma evolução do setor, incluindo constantes revisões altistas de projeções, embora os desafios sigam grandes.

“Desde o início da pandemia, o setor cresceu de forma significativa”, afirmou o presidente-executivo da Empapel, o Embaixador José Carlos da Fonseca Jr. “Os principais fatores desse desempenho positivo podem ser considerados a resiliência do setor no fornecimento de embalagens para bens não duráveis, o crescimento do e-commerce, embora em menor ritmo, e a busca por embalagens mais sustentáveis”, reiterou.

Cenário econômico ajuda

O cenário econômico tem ajudado. O Banco Central tem reduzido frequentemente a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, que agora, em março de 2024, está em 10,75%, ante 13,75% em junho do ano anterior. Apesar das quedas constantes, a Selic segue alta e pressionando o setor produtivo e os custos para empréstimos. O ambiente global anda apreensivo com os rumos das duas maiores economias do mundo, os EUA e a China, que enfrentam momentos delicados e diretamente impactam o crescimento no Brasil.

Para o PIB, o Boletim Focus do Banco Central, divulgado semanalmente, a mediana das projeções passou de 1,85% para 1,89% de crescimento do Brasil em 2024, com mais 2,0% em cada um dos próximos três anos (2025, 2026 e 2027). Ou seja, caso o cenário moderado para o setor de embalagens de papel e papelão ondulado projetado pela FGV/IBRE se confirme para 2024, com mais 2,8%, haverá uma expansão bem acima do PIB nacional. As projeções são do relatório de 2 de abril.

Para a inflação, o Boletim indica alta de 3,75% ao final de 2024, dentro da meta estipulada, que é de 3%, com tolerância de 1,5% para mais ou para menos. A inflação para 2025 está prevista a 3,51%.

“O Brasil hoje é o sétimo maior produtor mundial de papelão ondulado, tendo espaço para subir mais posições no ranking”, lembra Fonseca Jr., e há espaço, como mostram as projeções e cenário, para mais, considerando uma melhora na renda e no consumo das famíli

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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