Uso do vale-refeição mostra retomada do trabalho presencial em níveis próximos a pré-pandemia

Uso do vale-refeição mostra retomada do trabalho presencial em níveis próximos a pré-pandemia

Estudo mostra aumento de mais de 17 p.p. do consumo em estabelecimentos próximos aos locais de trabalho

Cada vez mais os brasileiros, em especial os residentes em grandes centros urbanos, estão trabalhando presencialmente. É o que mostra o levantamento de consumo com vale-refeição, realizado pela Alelo, especialista em benefícios, gestão de despesas corporativas e incentivos, em conjunto com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Segundo os dados do estudo, 73% das transações feitas com o cartão refeição acontecem, diariamente, nos estabelecimentos. A pesquisa também aponta que o gasto médio das refeições na região metropolitana de São Paulo é de R$32. Em 2019, os gastos dos trabalhadores com o benefício nos restaurantes representava 83% e, com o isolamento social, caiu para 55% na Grande São Paulo (veja gráfico abaixo).

Proporção das transações efetivadas com Benefício Refeição, por modalidade de trabalho, entre 2019 e 2023

Os números foram levantados nos meses de setembro, outubro e novembro, de 2019 a 2023. Por conta da sazonalidade de dezembro (fim de ano e férias), as movimentações transacionais dos cartões são atípicas, por isso não foram contempladas no estudo. Para coletar e analisar as informações, foi utilizado um novo cluster que analisou o comportamento do trabalhador que atua presencialmente e o consumo do benefício refeição.

“Os números da pesquisa mostram o quanto a pandemia impactou os hábitos de consumo durante o expediente. Apesar da força do presencial, há um equilíbrio entre as modalidades de trabalho, que pode ser pavimentado por inovações tecnológicas, adaptações nos estilos de vida ou mudanças na realidade econômica das empresas e nas preferências de empregadores e empregados”, comenta Cesario Nakamura, CEO da Alelo e Veloe.

Alimentação no trabalho remoto

Como esperado, no início da pandemia, o percentual de consumo remoto, incluindo serviços de delivery, subiu de 16,2%, em 2019, para 44,7%, em 2020. O patamar se mantém elevado em 2021, com 38%, caindo para 27,7%, em 2022, até atingir 26,9% no ano passado.

Ao longo desse período, houve variação nos valores gastos com as refeições. Em 2019, a média do prato era de R$24,7, no primeiro ano de isolamento social, o preço médio foi R$28,7, em 2021 aumentou para R$29, R$29,80 em 2002 e em 2023, a refeição atingiu custo de R$ 30,60.

Dias da semana

Os números também destacam o comportamento do consumidor: 21% das transações acontecem nas terças e quartas-feiras, com média de gasto de R$32. Nas segundas e quintas-feiras, esse índice cai para 20% e, às sextas-feiras, atinge o menor patamar, 16,9% .

A menor utilização do vale refeição nos estabelecimentos às segundas-feiras pode estar relacionada a um fator social chamado “efeito marmita”, ou seja, refeições são preparadas ao longo do fim de semana e que são consumidas no primeiro dia útil da semana.

“Desde a pandemia, ocorreram mudanças estruturais no mercado de trabalho, porém é perceptível a estabilização dos percentuais de consumo nos últimos anos. Diante o cenário, é notável um novo equilíbrio entre as empresas e as preferências de dias de expediente presencial entre os trabalhadores”, comenta Cesario.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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