Dólar tem queda de 0,85% e termina semana em R$ 5,07

Ibovespa sobe 1,09% e acumula valorização de 1,57% na semana
O dólar encerrou a sexta-feira (3) com queda de 0,85% e foi cotado a R$ 5,07, após os dados do relatório de emprego dos EUA de abril. A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado no mês passado e os ganhos salariais anuais desanimaram. Na semana, o dólar desvalorizou 0,98% em relação ao real.
De acordo com o relatório de emprego divulgado nesta sexta pelo Departamento do Trabalho, a economia norte-americana abriu 175 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado. Os dados de março foram revisados para cima, mostrando abertura de 315 mil empregos, em vez de 303 mil conforme informado anteriormente. Economistas previam abertura de 243 mil vagas, com as estimativas variando de 150 mil a 280 mil.
Na quinta-feira (2), a moeda americana já havia registrado o maior do tombo percentual em um único dia desde 23 de agosto do ano passado. O dólar caiu 1,53%, cotado a R$ 5,11.
Segundo analistas, a expectativa é que maio traga outra reviravolta sobre a trajetória de juros nos EUA, dessa vez para o lado positivo. Na esteira dos dados, operadores elevaram as apostas de que o Federal Reserve realizará seu primeiro corte na taxa de juros em setembro, com parte dos mercados que via esse movimento apenas a partir de novembro antecipando suas projeções.
Bolsa
O Ibovespa registrou a segunda semana seguida de alta. Acompanhando o bom humor do mercado internacional, o Ibovespa subiu 1,09% e chegou aos 128.508 pontos, um ganho de mais de 1,3 mil pontos. Na semana, a Bolsa acumulou ganho de 1,57%.
Com o emprego desacelerando nos Estados Unidos, os economistas acreditam que o Federal Reserve deverá iniciar os cortes de juros a partir de setembro. E isso tem trazido ânimo ao mercado acionário. No Brasil, o Banco Central se reunirá na semana que vem para definir a política monetária, em meio a expectativa considerável nos mercados de que a incerteza elevada possa levar a autarquia a desacelerar o ritmo de corte da Selic.