Fundos de crédito estruturado estão impulsionando o crescimento empresarial

Fundos de crédito estruturado estão impulsionando o crescimento empresarial
Rodrigo Negrini.

Ferramenta traz benefícios para empresas e investidores

Os fundos de crédito estruturados têm ganhado destaque no cenário financeiro, mostrando-se uma alternativa atraente para investidores e uma ferramenta valiosa para empresas que buscam financiamento. Dentre esses, os instrumentos mais comumente utilizados por esses fundos são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e o crédito direto.

Esses instrumentos financeiros permitem que as empresas captem recursos diretamente no mercado de capitais, oferecendo uma série de vantagens em relação às formas tradicionais de empréstimos bancários. Em 2024, por exemplo, pela primeira vez na história, os CRIs possuem um volume maior de transações que as operações bancárias.

De acordo com Rodrigo Negrini, fundador da Soul Capital, empresa que colabora na estratégia financeira de companhias, auxiliando a otimizar recursos e buscar as soluções adequadas para cada projeto ou empresa, os CRIs e CRAs são títulos de renda fixa que representam promessas de pagamento em dinheiro, sendo lastreados por créditos imobiliários e do agronegócio, respectivamente. “Emitidos por securitizadoras, esses certificados permitem que investidores comprem créditos a receber de empresas, transformando ativos como aluguéis e recebíveis agrícolas em papéis negociáveis no mercado financeiro”, relata.

A emissão de CRIs e CRAs oferece às empresas uma alternativa de financiamento com custos geralmente mais baixos do que os empréstimos tradicionais. Além disso, por se tratarem de operações de mercado de capitais, não afetam o balanço patrimonial das empresas, possibilitando a manutenção de uma estrutura de capital mais saudável. “Esses instrumentos também permitem aos empresários diversificar suas fontes de financiamento e alcançar um público mais amplo de investidores”, pontua.

Crescimento dos fundos de crédito direto

Junto aos CRIs e CRAs, os fundos de crédito direto também vêm crescendo em popularidade. Estes fundos investem diretamente em operações de crédito corporativo, oferecendo às empresas uma via direta de acesso a capital sem a necessidade de intermediação bancária tradicional. “Este método pode ser particularmente atrativo para pequenas e médias empresas que, muitas vezes, encontram dificuldades em obter financiamento nos canais bancários convencionais”, declara.

Negrini acredita que o principal benefício dos fundos de crédito diretos é a possibilidade de customização das condições de crédito, como prazos, taxas e garantias, de acordo com as necessidades específicas de cada empresa. “Isso oferece uma flexibilidade que pode ser decisiva para o planejamento financeiro e crescimento a longo prazo dessas empresas”, revela.

Impacto econômico

A utilização de fundos de crédito estruturados têm um impacto significativo no desenvolvimento econômico, uma vez que facilita o acesso ao capital para uma gama mais ampla de empresas, fomentando o crescimento em setores chave como imobiliário e agronegócio. “Além disso, ao proporcionar um ambiente de investimento atraente e seguro, esses fundos contribuem para a maturação do mercado de capitais brasileiro”, relata.

Para o especialista, essas soluções representam uma ferramenta financeira cada vez mais importante no Brasil. “À medida que mais empresas passam a entender as vantagens desses fundos, espera-se que sua adoção continue crescendo, trazendo benefícios tanto para o setor empresarial quanto para os investidores”, finaliza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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