Mercado de capitais registra captação recorde no 1º quadrimestre

Mercado de capitais registra captação recorde no 1º quadrimestre

Desempenho foi puxado pela renda fixa, que também atingiu o maior patamar da série histórica

As ofertas no mercado de capitais atingiram R$ 191,5 bilhões no primeiro quadrimestre, captação recorde para o período e que representa um crescimento de 126,2% na comparação com igual intervalo no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Considerando apenas abril, o volume chegou a R$ 59,1 bilhões, com acréscimo de 268,6% no confronto com o mesmo mês em 2023. ‏  ‍

O desempenho no acumulado do ano foi puxado pelas emissões de renda fixa, que totalizaram R$ 167,6 bilhões, registrando um aumento de 139,8% e atingindo o maior patamar em um primeiro quadrimestre na série histórica.‎ ‏  ‍

“Os dados evidenciam um crescimento consistente neste início de ano e também indicam um horizonte de expansão sustentável, com os R$ 191,5 bilhões em emissões distribuídos em 801 operações”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima. A quantidade corresponde a um aumento de 78,8% em relação à registrada no primeiro quadrimestre do ano anterior.

O período também teve recorde nas ofertas de debêntures, que chegaram a R$ 110 bilhões, com alta de 153,6% na comparação com o mesmo período de 2023 e destaque para as emissões com benefício fiscal pela Lei 12.431, que atingiram o maior nível da série histórica (R$ 32,5 bilhões). “As mudanças recentes em outros ativos isentos podem ter atraído mais investidores para as debêntures incentivadas. Desse total no quadrimestre, R$ 24,1 bilhões, ou seja, 74% foram captados em março e abril”, completa Maranhão.

Na análise da destinação dos recursos das debêntures como um todo, 34,5% foram para gestão ordinária e 28,7% para infraestrutura. Os fundos de investimento responderam por mais da metade (52,8%) do volume subscrito e o prazo médio dos papéis chegou a 7,57 anos.

Nos instrumentos de securitização, os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) fecharam o quadrimestre com R$ 21,8 bilhões, acréscimo de 193,6% ante igual período do ano anterior. Já os R$ 6,2 bilhões captados em abril correspondem a um aumento de 272% no confronto com o mesmo mês em 2023.

Os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) somaram R$ 13,5 bilhões no quadrimestre, com crescimento de 122%, e R$ 986 milhões em abril, o menor volume mensal deste ano, mas com alta de 37,5% ante o mesmo mês em 2023. Sobre os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), o volume no acumulado também mais que dobrou (124,8%) em relação ao intervalo de janeiro a abril do ano anterior, chegando a R$ 16,6 bilhões.

Entre os produtos híbridos, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) tiveram um salto de 324,8%, atingindo R$ 18,3 bilhões no quadrimestre. Já os Fiagros totalizaram R$ 766 milhões nesse período, com redução de 80,3%, e em abril registraram o maior volume mensal do ano (R$ 498 milhões).

No mercado de ações, os follow-ons somaram R$ 4,9 bilhões nos primeiros quatro meses de 2024, com uma redução de 26,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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