Mercado de tecnologia cresce, mas sobram vagas de emprego

Mercado de tecnologia cresce, mas sobram vagas de emprego

Expectativa é que o país tenha cerca de 797 mil vagas abertas na área até 2025

Ainda que o mercado de tecnologia esteja em crescimento no Brasil, as vagas de trabalho no setor estão cada vez mais difíceis de serem preenchidas. De acordo com o estudo ‘Mercado Brasileiro de Software: Panorama e Tendências 2024’, realizado pela ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software e a consultoria IDC, o setor de tecnologia no Brasil alcançou um valor de mercado de cerca de US$49,5 bilhões. A expectativa do Governo é que até 2025 o país tenha cerca de 797 mil vagas abertas na área de tech. Porém, apesar dos investimentos, encontrar profissionais capacitados para ocupar essas vagas tem sido o principal empecilho para que o mercado se desenvolva.

Desistência, demora ou falta de resposta são dificuldades apontadas por 62,7% dos recrutadores que buscam por profissionais da área de tecnologia, seguido de expectativa salarial e de benefícios (15,7%), de acordo com pesquisa realizada pela GeekHunter – startup de recrutamento de pessoas desenvolvedoras de software e cientistas de dados. Com o impasse, sobram vagas do mercado de trabalho de tecnologia.

Além da preocupação com a contratação, há também a atenção para se garantir a diversidade dentro do ambiente de trabalho, já que homens representam 70% da força de trabalho nesses campos. Como estratégia para abranger as minorias e promover a empregabilidade e o ambiente diverso dentro da área de tecnologia, algumas empresas têm adotado a disponibilização de vagas afirmativas – destinadas a públicos específicos, como mulheres, pessoas com deficiência, pessoas negras, pessoas LGBTQIAP+ e outros.

É o caso da Zup, empresa desenvolvedora de sistemas que faz parte do grupo Itaú Unibanco, está com mais de 100 posições abertas para a área de tecnologia e para ajudar a desenvolver o produto que é o carro-chefe da empresa, a StackSpot. “O nosso objetivo é aumentar o nosso time, mas com consciência de que temos a responsabilidade de promover o que acreditamos: um ambiente diverso e de alta performance como diferencial competitivo”, comenta Camilla Kobayashi, diretora de pessoas da Zup.

O mais recente relatório de diversidade divulgado pela Zup indica que a representatividade de pessoas diversas na empresa em 2023 – com um ou mais marcadores – chegou a 35%, “Sabemos que estamos longe do desejável, ainda assim comemoramos a evolução”, acrescenta Camilla. Entre as oportunidades para ingresso na companhia, há vagas afirmativas para inclusão de mulheres, pessoas trans e pretas. A empresa procura profissionais de tecnologia com conhecimentos em Angular, Java, MS Dynamics, Python, Kotlin, Business Intelligence, Machine Learning, entre outros. Todas as vagas podem ser acessadas através do site.

“A criação de oportunidades para grupos minorizados promove a diversidade, inclusão e equidade, além disso, também traz benefícios tanto para trabalhadores quanto para a empresa, de forma a fortalecer a atração e a fidelização de talentos, o que resulta em maior satisfação, produtividade e até senso de pertencimento em nossas pessoas”, ressalta Camilla.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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