Número de pessoas físicas cresce em 2024 e atinge marca de 19,4 milhões de investidores na B3

Número de pessoas físicas cresce em 2024 e atinge marca de 19,4 milhões de investidores na B3

Desde 2020, o número de investidores na bolsa já cresceu mais de 80%

O mês de março registrou um aumento na base de investidores pessoas físicas na B3 pelo oitavo mês seguido, somando 5,1 milhões de investidores em renda variável e 16,3 milhões em renda fixa. O total de investidores na bolsa brasileira atingiu a marca total de 19,4 milhões de pessoas físicas (descontando as duplicidades de investidores que investem em produtos das duas modalidades), uma alta de 2% no ano. Desde 2020, a base de investidores já cresceu mais de 80%.

No balanço do 1º trimestre apresentado pela bolsa, o valor em custódia dos investidores também cresceu se comparado ao mesmo período do ano anterior: em renda variável (ações, ETFs, BDRs e FIIs, entre outros), o valor chegou a R$ 556,5 bilhões, uma alta de 27%; já em renda fixa (produtos de dívida e captação bancária) o valor em custódia atingiu a marca de R$2,2 trilhões, uma alta de 24% se comparado ao período anterior. A participação da pessoa física no volume do mercado de ações é de 18%. Em 2020, elas representavam 14%.

Em renda fixa, produtos de captação bancária como CDBs, RDBs, LCIs e LCAs ganharam 1,9 milhão de novos investidores no trimestre e os de dívida corporativa (debêntures, CRIs, CRAs e notas comerciais) 182,8 mil novos investidores. Os valores em custódia também cresceram nesses investimentos: 22% no caso de captação bancária, atingindo R$1,7 trilhão e 38% em dívidas corporativas (R$ 310,3 bilhões). Já o Tesouro Direto registrou 500 mil novos investidores entre março de 2023 e março de 2024, com um volume investido que chega a R$ 130 bilhões.

Outro destaque do trimestre foram os fundos imobiliários, que cresceram o número de investidores em 5% nos últimos três meses, chegando a 2,6 milhões. O investimento em fundos de investimento imobiliários é predominantemente dominado pelas pessoas físicas, que hoje detêm 76% do saldo total no produto.

“O número de pessoas alocando parte de seus recursos em Bolsa mantem uma tendência positiva há meses. É uma gaveta que se abriu dentro do plano orçamentário destinado para renda variável. Assim como gavetas para renda fixa, poupança, fundos entre outros produtos. Ao possuir um determinado instrumento financeiro, o investidor passa a ter contato e aprender sobre o entorno desse ativo, o que a empresa faz, sua gestão, política de pagamento de dividendos, números, dados financeiros etc. É um movimento crescente no entendimento e conscientização sobre investimentos”, afirma Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoas Físicas da B3.

 

O diretor destaca que o aumento do número de pessoas físicas chegando à bolsa exige um investimento constante da B3 em tecnologia voltada a melhorar a experiência do investidor. “Os brasileiros já se acostumaram com as facilidades que a tecnologia pode proporcionar em diferentes áreas de economia, e não seria diferente para o mundo das finanças. O nosso papel é justamente construir facilidades e novidades para tornar a experiência cada vez mais motivadora e sem fricções que, no final do dia, entregue para esse investidor valor relacionado à otimização de tempo, serviço e informação”, explica Paiva.

 

Lançada em 2021, a Área do Investidor da B3 foi criada para facilitar a experiência do investidor que estava chegando à bolsa. Na plataforma, a pessoa física consegue consultar, por exemplo, extratos de posições e movimentações feitas em diferentes corretoras. Em tempos de entrega do imposto de renda, essa facilidade é sinônimo de redução de tempo para milhares de brasileiros. Não à toa que, em março, a Área do Investidor atingiu a marca de 1 milhão de acessos.

 

“Os investidores foram nos trazendo suas necessidades e feedbacks e aproveitamos para melhorar suas experiências, complementando os serviços oferecidos por bancos e corretoras. Já iniciamos a implementação de serviços chaves, como a simplificação da declaração de imposto de renda em bolsa, em conjunto com a Receita Federal, a portabilidade de investimento e o voto à distância (proxy voting), nessa fase, para os fundos de investimentos imobiliários”, pontua Felipe Paiva.

 

Além disso, a plataforma já conta com mais de 40 fintechs e instituições financeiras conectadas para oferecer ao investidor serviço customizada que vai desde a consolidação de carteiras e cálculo de rentabilidade do portfólio, até poder acompanhar o sobe e desce das ações e análises de carteiras.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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