Valor da Arbitragem contra Americanas soma R$ 32 bilhões

Valor da Arbitragem contra Americanas soma R$ 32 bilhões

Processo movido por cerca de 500 pessoas envolve desde pequenos investidores a fundos de pensão e de investimentos

A Companhia Americanas em um comunicado sobre demanda societária anunciou que o valor do requerimento de Arbitragem oferecido pelo Instituto Empresa terá uma demanda inicial de R$ 32 bilhões. No pedido, o Instituto atua como substituto processual, representando cerca de 500 investidores e requer o ressarcimento da integralidade dos prejuízos causados pelas fraudes contábeis nas Americanas. Os Requerentes buscam o ressarcimento de perdas alegadamente sofridas por investidores e pela Americanas em razão dos fatos descritos no Fato Relevante da Americanas de 11/01/2023 e seus desdobramentos.

De acordo com o documento divulgado pela companhia, que traz mais detalhes sobre o processo, os pedidos formulados provisoriamente no requerimento de arbitragem envolvem a condenação dos Requeridos pela alegada violação de deveres fiduciários relacionados ao dever de prestar informações, com a anulação do negócio jurídico por erro e devolução do valor pago devidamente corrigido ou, alternativamente, a critério do acionista. O valor total envolve o pagamento da diferença, a todos os acionistas da Companhia, estimado na ordem de R$ 12 bilhões, e em especial, aos acionistas requerentes que se agregarem à demanda, em montante a ser apurado entre o valor pago com base nas informações incorretas e o preço correto depurado e os elementos de distorções no preço das ações da Companhia.

“Tudo que a Companhia divulga é de sua responsabilidade direta, porque impacta na formação do preço dos ativos no mercado secundário e nas transações dos investidores. No caso das Americanas, o mercado acreditou em balanços, números e em dados que eram confessadamente falsos. A decisão do investidor, seja uma pessoa física, seja um fundo de investimento, foi viciada, uma vez que tomada com base em premissas inverídicas. Na maior parte dos casos, os investidores nem teriam entrado no negócio se os números reais da Companhia fossem corretamente divulgados ou o teriam feito com valores muito menores”, explica o presidente do Instituto Empresa, Eduardo Silva.

A demanda também envolve a condenação dos requeridos por alegados prejuízos relacionados à suposta perda de oportunidades relacionadas ao preço das ações da Companhia. Os autores pedem que sentença parcial condenatória fixe os parâmetros e critérios a serem adotados na fase de liquidação da verba indenizatória devida pela Americanas, a fim de que se apure a diferença de preço real e preço fictício empregado, ou ainda, o valor a ser devolvido a título de reconhecimento de vício de erro no negócio jurídico.

A ação pede ainda a condenação dos Requeridos a indenizar os acionistas da Lojas Americanas S.A. (“LASA”) por alegados prejuízos causados no contexto da operação de negócios entre a LASA e a B2W. Também requer a condenação dos controladores a indenizar a Companhia por alegados danos sofridos com a fraude em sua contabilidade, em montante não inferior ao de R$ 20 bilhões e a condenação dos Requeridos à devolução de despesas administrativas, excluída a verba de honorários advocatícios de sucumbência, além de custos próprios e discricionários como pareceres e assistentes periciais ao encargo de cada parte.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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