Dólar termina sexta-feira com alta de 0,74% a R$ 5,70. Bolsa cai 0,13%
Na semana, dólar acumulou valorização de 0,11% e Ibovespa teve perda de 0,46%
Enquanto a Bolsa fechou a sexta-feira (25) com queda de 0,13%, o dólar comercial subiu 0,74%.
A moeda norte-americana no câmbio comercial abriu a última sessão da semana em alta de 0,10%, cotada a R$ 5,6686. No fechamento, o dólar foi negociado a R$ 5,70, acumulando nos últimos cinco dias alta de 0,10%.
O dólar teve um dia volátil. No exterior, o minério de ferro teve alta de 2,81% na China, assim como o petróleo também subiu; um cenário que joga a favor das divisas ligadas a commodities, como o real.
As declarações de autoridades no G20 viraram a história. O dólar à vista foi às máximas da sessão na tarde desta sexta-feira, acompanhando o movimento externo de piora das moedas emergentes, em meio ao avanço do rendimento do título do Tesouro americano de dez anos, que recuou. Ao lado do real no pior desempenho da sessão estão divisas como o won sul-coreano e os pesos filipino e mexicano. Também refletindo o cenário externo, os juros futuros ampliam a alta observada mais cedo.
Na avaliação do CEO do transferbank, Luiz Felipe Bazzo, a escalada do dólar continua agressiva, respondendo ao cenário internacional. O mercado teme que a inflação possa voltar nos EUA se Trump vencer as eleições no dia 5 de novembro. Trump prega um crescimento mais robusto da economia dos EUA, com mais tarifas de importação sobre os produtos estrangeiros — o que impulsiona a alta de preços. Consequentemente, haveria taxas de juros mais elevadas no caso de ele ganhar a eleição. Isso afasta investidores de bolsas emergentes, como o Brasil.
Bolsa de Valores
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (25) sem direção única, meio volátil. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,03%, a 130.099 pontos, por volta de 10h06. No fechamento, o Ibovespa caiu 0,13% atingindo 129.893,32 pontos. Na semana, acumulou perda de 0,46%.
Os investidores se preparam para a semana que vem, quando saem os últimos dados de emprego antes da reunião do Federal Reserve de novembro. Além disso, o mercado se prepara para a reta final da corrida eleitoral nos Estados Unidos, com uma possível vitória de Donald Trump — mas ainda com as pesquisas indefinidas.
Quando os americanos forem às urnas em 5 de novembro, eles escolherão mais do que apenas o próximo presidente. Isso porque as eleições também determinarão o controle sobre disputas cruciais para a Câmara dos Deputados, o Senado e cargos de governador, decidindo qual partido poderá apoiar ou bloquear a agenda do futuro presidente. A expectativa é de que os republicanos consigam virar o Senado a seu favor.
Outubro termina agitado
A última semana de outubro promete bastante agitação. Na quarta-feira (30), saem os dados de emprego formal do Caged de setembro; a taxa de desemprego aparece na quinta-feira (31); e na sexta-feira (1º) serão divulgados os números da produção industrial. Nos EUA, não será diferente, tem a primeira prévia do PIB do 3T24 na quinta-feira e o temido relatório do mercado de trabalho, o payroll, na sexta-feira.