Venda de flores para Finados aumenta 6% e crescem novas formas de homenagens

Venda de flores para Finados aumenta 6% e crescem novas formas de homenagens

Por acontecer em um sábado e sem possibilidade de emenda da folga do trabalho, data deve atrair  maior número de pessoas aos cemitérios e fomentar a venda de flores

Uma série de fatores deve contribuir, de acordo com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) para o incremento das vendas de flores, este ano, no Dia de Finados. O principal deles está no fato de um menor número de pessoas aproveitar o feriado para viajar, já que a data ocorre em um sábado, sem a possibilidade de emenda dos dias de folga. Desta forma, as visitas aos cemitérios devem aumentar. A expectativa do Ibraflor é que as vendas sejam de 6% a 7% maiores do que em 2023, nesta mesma data. “Finados” representa 3% do total anual de vendas da floricultura nacional.

Renato Opitz.

O diretor do Ibraflor, Renato Opitz, lembra que, embora as novas gerações não frequentem mais os cemitérios como seus pais e avós, as homenagens aos entes queridos mortos continuam sendo feitas, seja com a colocação de flores em jardins ou locais onde os parentes e amigos falecidos costumavam frequentar ou gostavam de estar, ou dentro de casa, sobre um móvel, ao lado de porta-retratos e quadros com a foto da pessoa a ser lembrada.

Essa mudança gradual no comportamento das novas gerações provoca uma transformação no mercado e exige que o setor esteja cada vez mais atento às tendências de consumo e às novas formas de celebrar e recordar. Ainda assim, Finados permanece uma data importante, garantindo um movimento relevante para produtores e comerciantes de flores em todo o país. Renato destaca que há bastante oferta de produtos e que, embora crisântemos, kalanchoes e calandivas ainda estejam entre os produtos mais procurados nesta época, as rosas em vaso estão tendo uma demanda bastante significativa este ano.

Elisabete Corsi, da Isidorus Flores, diz que o mercado descobriu as rosas de vaso também para o Dia de Finados. De acordo com a produtora, a demanda vem aumentando expressivamente. Os motivos devem ser creditados aos preços atrativos das rosas em vaso nesta época em que a procura por este tipo de produto era, geralmente, desacelerada, e ao valor afetivo agregado que essa flor (a rosa) naturalmente traz.

Outra flor que começa a se despontar no Finados é a violeta. O Edson Vital, da Vital Flores e Plantas, percebeu o crescimento da demanda nos últimos anos e resolveu investir mais na data. “No ano passado as vendas foram acima do esperado e até faltou produto. Então, esse ano, resolvemos investir. Normalmente, vendemos cerca de 600 caixas de violetas por semana, mas já temos encomendadas, somente para segunda-feira, dia 29 de outubro, 500 caixas, o que pode significar um aumento de 40% nas vendas na semana de Finados”, comemora o produtor.

Flores tradicionais

Elvis Klein Gunnewiek.

Elvis Klein Gunnewiek, do Rancho Raizes, um dos mais importantes produtores da crisântemos do Brasil, comemora a venda antecipada, entre setembro e outubro, de toda a produção destinada a “Finados”. Os crisântemos têm um mercado consolidado nesta época do ano, variando o volume de vendas de acordo com o tamanho dos potes (11, 13 e 15) e do tipo de vaso (plástico ou barro). Apenas o Rancho Raízes disponibilizou 230 mil vasos para atender a demanda do mercado brasileiro.

Também o produtor de kalanchoes, Victor Villa Nova, diretor do Grupo Swart, está correndo com as entregas e assegura que deve sobrar pouco da produção planejada para a ocasião. E, essa sobra, explica, nada mais é do que a reserva técnica (cerca de 10% da produção não é vendida para eventuais atendimentos aos clientes que adquiriram os produtos antecipadamente, caso haja algum imprevisto no cultivo). Nas últimas três semanas, apenas um dos sítios do Grupo, em Holambra, está entregando mais de 180 mil vasos para clientes de todo o Brasil. O kalanchoe é muito procurado por sua durabilidade e fácil manutenção (consume pouca água, por ser uma suculenta) e pode ser encontrado nos mais diferentes pontos de venda, tem preço acessível e é apresentado em um grande leque de cores.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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