O futuro está na Tecnologia da Informação

Cezar Augustus Essenfelder de Azevedo
Cezar Augustus Essenfelder de Azevedo

As revoluções de maior impacto para a humanidade acontecem, num primeiro momento, sem que as pessoas se deem conta de sua profundidade. Foi assim com a descoberta do fogo, provavelmente, e com a entrada na era da agricultura. Foi assim na época das grandes navegações e nas duas fases da revolução industrial. Está sendo assim com o que os estudiosos denominam de revolução da informação, termo que abrange o uso de computadores e smartphones, a globalização, a desregulamentação de tudo isso e um horizonte de oportunidades para profissionais de tecnologia da informação.

Vivemos um momento econômico controverso no cenário nacional, mas as posições no mercado de trabalho em T.I. continuam abertas para profissionais qualificados. Enquanto muitos setores da economia estão demitindo, na área de tecnologia falta gente para ocupar as vagas. Segundo levantamento feito por um site de procura de empregos, a oferta de trabalhos no setor cresceu 44% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses de 2015, foram abertas quase 41 mil vagas. Só em junho foram dez mil, 56% mais do que em junho de 2014.

Alguns números são impressionantes: o Brasil já é o quarto maior país conectado a internet. A cada minuto, um smartphone é vendido no país. Redes sociais e de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, mobilizam milhões de pessoas e estimulam manifestações. Sem dúvida, estamos em um momento de transformação crescente e sem procedentes na história.

Será que em cinco anos vão existir operadoras de telefonia? Ou empresas de TV a cabo? É bem provável que tudo será diferente, e que as mudanças nunca mais serão tão lentas como hoje. O rádio demorou 50 anos para atingir 50 milhões de pessoas. A TV que conhecemos demorou 13 anos, já a internet em quatro anos atingiu 50 milhões de pessoas. O Facebook atingiu a marca de 1,44 bilhões de pessoas conectadas em 2015.

O mercado de trabalho – e o que conhecemos como trabalho – também vai mudar nos próximos anos. A empregabilidade está mudando. Segundo previsão da Fortune 500, 80% das empresas mais ricas do mundo até 2020 ainda não foram criadas. É preciso se posicionar de forma diferente: no século da informação, o que tem valor é o conhecimento e a habilidade de compreender as mudanças que estão em nossa volta.

Neste cenário, é preciso atualizar os cursos de tecnologia da informação, buscar uma proposta que atenda as necessidades do mercado, formando profissionais com perfil diferenciado e atualizado.  Os alunos têm que entrar em contato com uma proposta de disrupção no ensino de tecnologia, com disciplinas atuais e forte DNA voltado à inovação e ao empreendedorismo.

Os novos cursos visam gerar profissionais que vão atuar dentro da nova realidade global onde a busca pelo emprego formal esteja acabando. É preciso preparar os alunos para atuar em seus projetos de startups, ou dentro de empresas com uma formação sólida. Tudo isso acompanhado pelo ensino de inglês profissional, que substitui disciplinas que não geram valor na formação.

Grades enxutas, de dois anos de graduação, no máximo, aliadas a disciplinas práticas em laboratórios também são fundamentais. O ensino que transforma na prática precisa ser um mantra dentro das salas de aula. Nosso principal propósito é formar alunos que vão se juntar a nova massa de trabalhadores, detentores do conhecimento que vai transformar o amanhã.

O artigo foi escrito por Cezar Augustus Essenfelder de Azevedo, coordenador do curso de T.I. da Faculdade Opet de Curitiba